Jornal Estado de Minas

Obras no Anel Rodoviário devem ficar para o ano que vem, diz supervisor do Dnit

Nayara Menezes
As obras do Anel Rodoviário de Belo Horizonte provavelmente vão ficar para o ano que vem. A afirmação foi feita nesta sexta-feira pelo supervisor regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit/ MG), Alexandre de Oliveira, durante uma visita de vereadores da capital à rodovia.
O prazo inicial dado pelo Dnit para o início dos trabalhos na via era setembro. No entanto, o supervisor do órgão admitiu que esta deve ser a data para o lançamento do edital de obras. "Contando com todas as etapas do processo licitatório, com prazo para recursos, até o começo efetivo das intervenções, dificilmente conseguiremos começar as obras ainda este ano", argumentou.

Os vereadores Daniel Nepomuceno (PSB), Adriano Ventura (PT), Pablo César (PTC), Paulinho Motorista (PSL) e Gunda (PSL) formaram uma comissão para acompanhar a recuperação estrutural do Anel Rodoviário. "A ideia foi verificarmos a implementação das medidas paliativas e saber um pouco mais sobre o projeto de modernização do Anel", explicou Pablito.

Os vereadores reclamam da falta de informações do Dnit sobre o projeto. "Nós somos cobrados pela população já que o Anel é hoje uma via de trânsito urbano. No entanto, os responsáveis pelo Dnit nos deixam à margem do projeto de recuperação da rodovia. Nossa intenção de vir aqui hoje foi tentar estreitar a relação com eles, para que possamos participar mais desse processo," afirmou Adriano Ventura.

A licitação para contratar o projeto executivo de reconstrução do Anel foi aberta no ano passado pelo Dnit, mas foi anulada em agosto, depois que o Tribunal de Contas da União apontou superfaturamento de R$ 317 milhões. No mês de abril será feita uma revisão no projeto inicial que previa intervenções em 17 pontos, com construção de 11 trincheiras, seis viadutos e oito passarelas.