A polícia realizou nesta sexta-feira, em Montes Claros, no Norte de Minas, a reconstituição da morte da secretária Janinha Pereira de Freitas, de 37 anos, que, conforme as investigações, foi assassinada por Danilo Éderson Fernandes, de 28. Eles tinham se conhecido pela internet duas semanas antes do crime, ocorrido na madrugada de 14 de fevereiro. A reconstituição,que durou cerca de duas horas, atraiu dezenas de pessoas que se concentraram em frente a casa da mulher.Os populares demonstraram muita revolta e dirigiram palavras de ordem contra Danilo, com gritos de “assassino! Assassino!”. Os trabalhos foram comandados pela delegada Karla Silveira Marques, responsável pelo caso. Ela disse que a constituição foi feita com base nas informações fornecidas pelo assassino confesso, que colaborou com as investigações e manteve a versão do depoimento, detalhando e simulando toda a dinâmica do crime. “Mas, surgiram algumas divergências entre o que ele falou e a reconstituição que ainda vamos esclarecer”, disse a delegada, sem enumerar que dúvidas seriam estas.

Porém, a policial adiantou que Danilo deverá ser indiciado por homicídio qualificado, já que, mesmo com ele tendo levado um notebook, uma impressora, dinheiro e outros pertences da vítima, não ficou configurado crime de latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo Karla Silveira, ao que tudo indica, o que ocorreu foi que e Danilo “demonstrou ter ficado com ciúmes por causa de uma ligação que Janinha recebeu. Por causa disso, eles iniciaram uma discussão que resultou na morte da secretária.

O assassino confesso chegou ao local sob um forte esquema de segurança, usando um colete a prova de balas, da Policia Civil. Durante a reconstituição, Danilo se manteve calmo o tempo todo e revelou todos os detalhes da morte. Segundo a delegada, ele demonstrou estar arrependido.

Foi feita a reconstituição de todas as cenas do crime, incluindo a simulação da chegada e da saída de uma prima de Janinha, que juntamente com o namorado dela, esteve na casa horas antes do assassinato.