Jornal Estado de Minas

Deputados de Minas querem CPI para investigar fraudes em licitação de radares

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
A polêmica sobre fraudes em licitações de instalação de radares continua. Depois de o Ministério Público do Estado de Minas Gerais pedir explicações da Prefeitura de BH sobre a contratação da empresa que cuida dos radares da capital, agora a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) também cobra satisfações.
O deputado estadual Délio Malheiros (PV) protocolou na manhã desta quarta-feira, na ALMG, o pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a contratação de serviços de radares e lombadas eletrônicas. A CPI dos Radares vai tentar apurar indícios de irregularidades em todo o estado. O documento recebeu 38 assinaturas de deputados, 11 a mais que o necessário para legitimação.

Denúncias dão conta de que a Splice, empresa contratada pela PBH, é suspeita de envolvimento num esquema de fraudes de contratos. A instituição ficou em segundo lugar na concorrência para servir a PBH, mas assumiu os radares depois que a vencedora foi reprovada na fase de testes. O contrato foi assinado em janeiro e a Splice vai receber cerca de R$ 14 milhões por 30 meses de trabalho. Na terça-feira, prefeitura, por meio da BHTrans, afirmou que contratos para instalar radares estão dentro da lei.

Visita

A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, fará, a partir de quinta-feira, visitas aos locais onde foram instalados novos radares em Belo Horizonte. Também serão visitados radares cujos pontos de instalação foram alterados. A intenção é saber porque foram mudadas as localizações dos equipamentos. Entre os pontos a serem visitados, está a Avenida Raja Gabáglia, onde um controlador de velocidade mudou de lugar.