Lançada sempre no período da Quaresma, a campanha da fraternidade é definida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). "A escolha do tema deste ano tem tudo a ver com o que estamos presenciando e também vivendo em nosso planeta. O tsunami que ocorreu no Japão, além de pequenas e grandes catástrofes, mostram o modo inadequado como estamos tratando a natureza. Isso leva a nossa igreja mais uma vez a se preocupar com o quanto precisamos viver diferente, produzir diferente e consumir diferente", alertou o arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo. Segundo o religioso, a escolha da Serra da Piedade para abertura da campanha reforça o apreço necessário que a comunidade deve ter pela natureza.
O bispo auxiliar de Belo Horizonte e reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), dom Joaquim Giovanni Mol chamou atenção para a grande parcela da população que passa fome devido à falta de consciência com a vida humana. "Entre os 6,5 bilhões de pessoas que existem em todo o mundo, cerca de 1 bilhão passa fome. Essas pessoas não têm acesso a educação, transporte, aos meios de comunicação e à saúde. É preciso cuidar da terra e desse 1 bilhão de pessoas que estão em sofrimento em vários cantos do mundo", disse.
Teatro
Também marcado por atos simbólicos de preservação do meio ambiente, o lançamento da campanha contou com a apresentação de dança de um grupo de alunos do colégio espanhol Santa Maria, de Belo Horizonte, o plantio de um Ipê Rosa feito por dom Walmor e a doação de sementes de girassol e de 1 mil mudas de árvores de diferentes espécies.