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Estado de Minas

PBH estica folia e prejudica cidadão


postado em 10/03/2011 06:46 / atualizado em 10/03/2011 07:07

Maria Helena de Allmeida tinha audiência agendada para 14h40 no Procon Municipal, mas deu com a cara na porta(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Maria Helena de Allmeida tinha audiência agendada para 14h40 no Procon Municipal, mas deu com a cara na porta (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esticou o carnaval e deixou a população sem atendimento na Central BH Resolve, na tarde de quarta-feira. Como todas as repartições municipais, o serviço pelo telefone 156 também não funcionou. Sem informação, a artesã Lúcia Helena de Oliveira Santiago, de 54 anos, saiu de casa debaixo de chuva, no Bairro Alípio de Melo, na Região Noroeste, só para tentar alterar o condutor numa multa de trânsito que a filha levou. Entre 15h e 15h20, pelo menos oito pessoas procuraram o serviço na Avenida Santos Dumont, no Centro da cidade, sem sucesso.

“Tinha que apresentar o papel até 8 de março, mas por causa do carnaval vim agora à tarde e não sei se vão aceitar alterar o documento em outro dia. Amanhã (hoje), trabalho e tenho outra programação, não sei se consigo voltar. Acho isso uma vergonha! Foram cinco dias parados e, mesmo depois do meio dia, eles não abriram. Gastei mais tempo no ônibus do que aqui e ainda perdi a viagem”, lamentou a artesã.

Motoboy de uma transportadora, Felipe Rocha, de 21, esperava encontrar a central aberta, para alterar o real condutor do automóvel da empresa. “Eu estou trabalhando normalmente e vim fazer o serviço para a empresa, que também está funcionando. Acho que o serviço público também deveria abrir, mas emendaram o carnaval”. O taxista Elder Santana Magalhães, de 27, também tentou aproveitar o dia calmo no trabalho para resolver problemas com uma multa. “Que jeito, vou ter que voltar outro dia”.

Apesar de ter uma audiência marcada para 14h40 no Procon estadual, na Rua Espírito Santo, a vendedora Maria Helena de Almeida, de 51 anos, encontrou o portão fechado. “Deixei uma criança de um mês com uma colega e tive que pagar para um vizinho me trazer até aqui, para não correr o risco de me atrasar. Tinha um monte de coisas para fazer em casa e dar de cara com a porta, sem qualquer aviso, é um grande desrespeito com o cidadão que precisa dos serviços públicos. Dependia dessa audiência para entrar no Juizado de Pequenas Causas e agora terei que esperar nova data, o que vai atrasar minha vida”, afirmou Maria Helena, com o agendamento nas mãos.

A PBH informou que serviços de urgência médica, como postos de saúde, funcionaram normalmente. As demais repartições só retomam o trabalho nesta quinta-feira. Os serviços interrompidos, de acordo com a PBH, foram divulgados no informativo BH Notícias e no Diário Oficial do Município. No estado, as repartições também não funcionaram na tarde de quarta-feira de cinzas, apenas serviços de saúde, polícias e Corpo de Bombeiros. No Judiciário, os serviços de atendimento ao público também serão normalizados nesta quinta-feira.


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