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Em meio a grupos e bandas com décadas de tradição carnavalesca, o Bloco Palhaçada, fundado há apenas um ano, foi o grande destaque da programação da cidade. Com fantasias primorosas e adereços caprichados, os foliões se concentraram no Largo das Mercês, na noite de segunda-feira, e arrastaram mais de 500 pessoas pelas ruas do Centro Histórico de Tiradentes, até chegar ao Largo das Forras. Uma bateria improvisada, enfeitada com centenas de balões coloridos, ajudou a dar o tom da festa.
A fundadora do bloco, Leonor Gomes, de 71 anos, não escondia a alegria com o sucesso da iniciativa. “Carnavais e fantasias sempre fizeram parte da minha vida. Depois que me aposentei, decidi fazer disso uma ocupação prazerosa. E nada melhor do que preencher o tempo com essa ‘palhaçada’, cheia de alegria, beleza e história. No ano passado, desfilamos apenas com os amigos e parentes e agora estou emocionada em ver as ruas lotadas para nos seguir”, disse Leonor, uma das foliãs mais animadas.
Ao som do refrão “quanto riso, oh quanta alegria/ mais de mil palhaços no salão”, da música Máscara Negra, de Zé Keti e Pereira Matos, o casal de paulistas Ana Clara e André Gurgel também não economizaram fôlego e animação. “No ano passado, eu estava em Tiradentes, mas não tinha fantasia para acompanhar o bloco. Em 2011, eu cuidei de cada detalhe e vim pronta para festa, que é sempre lindíssima”, contou a veterinária Ana Clara, de 36, que frequenta a cidade desde a infância.
Logo depois do desfile do Bloco Palhaçada, foi a vez dos Beatões da Santíssima ganharem as ruas do Centro Histórico. Criado por belo-horizontinos apaixonados por Tiradentes, o grupo está hoje sob o comando da Associação do Bairro da Santíssima. Da concentração, em frente ao Santuário da Santíssima Trindade, o bloco percorreu ladeiras e largos e até cruzou, no meio do percurso, com outra atração do carnaval da cidade, o Bloco dos Abandonados.