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Militares acusados de mortes no Aglomerado da Serra voltam a depor em BHInquérito sobre mortes no Aglomerado da Serra reabre rixa entre policiais civis e militaresDeputados voltam ao Aglomerado da Serra para ouvir população sobre atuação da PMPolicial indiciado por crimes no Aglomerado da Serra já está em liberdadePolicial envolvido nas mortes no Aglomerado da Serra pode ser soltoAudiência pública vai discutir confronto no Aglomerado da SerraAdvogado de militares pede fim de investigações das mortes no Aglomerado da SerraO promotor Rodrigo Filgueira, designado pela Procuradoria de Justiça de Minas para acompanhar as duas investigações, não considera que haja rixa entre as polícias. Segundo ele, a Polícia Civil foi ouvir os presos na Corregedoria da PM por uma questão de praticidade. "A Polícia Civil tinha interesse em ouvir outras testemunhas que já estavam na Corregedoria da PM prestando depoimento", disse o representante do Ministério Público. Para ele, a existência de dois inquéritos é o procedimento normal, pois houve homicídio e também suspeita de crimes militares. Em relação aos soldados que não quiseram prestar depoimento, o promotor explicou que é um direito constitucional deles permanecerem calado.
Ainda de acordo com o promotor, quem inicia a ação penal é o Ministério Público, que também tem competência para investigar crimes. "Nesse caso, como é de competência do Tribunal do Júri julgar os homicídios, o Inquérito Policial Militar também vai para o promotor do júri., pois, além dos crimes militares, ele acaba apurando também o crime de homicídio, que é o crime central", disse Rodrigo. Se comprovadas as suspeitas, os soldados serão julgados na Justiça Militar por colocar informações que não correspondem à verdade no boletim de ocorrência, falsidade ideológica e descaracterização do local do crime.
Os três soldados tiveram suas prisões decretadas tanto pelo Tribunal do Júri como Justiça Militar. O prazo de 30 dias das prisões deve ser prorrogado, pois os laudos das perícias ainda não ficaram prontos. Os militares estão recolhidos em batalhões da própria PM. Um quarto envolvido, o cabo Fábio de Oliveira, de 45, foi encontrado morto na cela do 1º Batalhão. Para a PM, ele teria se enforcado.
Para escapar da imprensa, os responsáveis pelas investigações, e também os presos, estão usando uma passagem secreta para entrar e sair do prédio onde funciona as corregedorias das duas corporações, na Rua Rio de Janeiro esquina com Praça Sete. O Estado de Minas apurou que eles passam pela portaria do Edifício Belbanco, na Avenida Amazonas, 314.