Jornal Estado de Minas

Dez vítimas da tragédia em pré-carnaval no Sul de Minas continuam internadas

Ernesto Braga
Poços de Caldas – Esclarecer o que causou o rompimento dos fios de alta tensão no pequeno município de Bandeira do Sul, no Sul de Minas, provocando a morte de 15 pessoas que participavam de uma festa pré-carnavalesca na cidade é prioridade para a Polícia Civil. Por enquanto, o estouro de um rojão com serpentina metalizada, atingindo a rede elétrica, é a causa mais provável. Enquanto isso, a equipe médica da Santa Casa de Poços de Caldas, vizinha a Bandeira do Sul, se desdobra para atender os feridos, a maioria adolescentes. Até o início da tarde desta terça-feira, 10 dos 27 pacientes que deram entrada no hospital permaneciam internados.
Três pessoas receberam alta até as 13h: Laís Rafaela de Lima, Lucas Tarcísio da Silva e Diego Rodrigues do Prado. Auxiliar de produção de 24 anos, Diego mora em Botelhos, também no Sul de Minas, e participava da festa em Bandeira do Sul com um grupo de amigos. Por sorte, ele teve poucos ferimentos nas costas e pé direito, além de trauma no rosto. “Eu estava a 5 metros do trio elétrico, tomei um forte choque e apaguei, batendo o rosto no chão. Só acordei de madrugada na UTI da Santa Casa. Minha família ficou sem informações e pensou que eu tivesse morrido”, disse.

O paciente com quadro mais grave foi transferido na segunda-feira para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS), em Belo Horizonte. Ele teve queimaduras em 27% do corpo, principalmente na cabeça e tronco. “Ele teve perda da visão esquerda, queimaduras de terceiro grau no nariz e boca”, informou o cirurgião plástico José Osmar Loures, que cuida de sete vítimas da tragédia.