Jornal Estado de Minas

Força-tarefa combate baderna na Praça do Papa

Paula Sarapu

Policiais de trânsito vão fazer blitz durante a madrugada nos fins de semana para punir motoristas e motociclistas irresponsáveis - Foto: Túlio Santos/Esp. EM/D.A Press

Diante das denúncias de baderna e confusão na Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul da capital, o poder público decidiu agir. Na segunda-feira, o comandante do 22º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento na região, anunciou reforço de homens e viaturas, principalmente nas madrugadas do fim de semana. O número de policiais que estarão nas ruas, porém, não foi divulgado por questões de segurança. A promessa é de uma ação conjunta com órgãos da prefeitura já no fim desta semana. Na tarde de segunda, representantes da Regional Centro-Sul, da BHTrans, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Guarda Municipal se reuniram no batalhão, para planejar as operações de repressão às cenas de sexo explícito na praça, uso de entorpecentes, campeonatos de música funk estridente que sai das caixas de som dos carros e outras irregularidades.

“Faremos a readequação do espaço de forma contínua. A PM não vai mais sair de lá, durante o dia e principalmente à noite e durante as madrugadas. Haverá policiamento com cavalos e blitze frequentes dos policiais de trânsito. Já vínhamos fazendo diversas operações, mas lamentavelmente o episódio da Serra ocupou grande parte do nosso efetivo, e a Praça do Papa ficou descoberta”, afirmou o comandante, tenente-coronel Isaac Martins da Silva.

Veja imagens da barderna

Segundo o comandante, a Cemig também foi contatada para melhorar a iluminação na praça. Ele solicitou à BHTrans que participe das operações para determinar os horários e locais específicos de estacionamento. “Quem quiser aproveitar a vista verá que estaremos presentes também no Mirante, na base da Serra, nas ruas do entorno da praça, enfim, em todo o conjunto arquitetônico. Ali é uma área de potencial turístico, mas não podemos esquecer dos moradores e, por isso, não pode haver microeventos clandestinos, que perturbem a ordem. Este será um processo de reeducação social de utilização do espaço urbano e todos os órgãos devem estar empenhados. Não vamos sair, enquanto isso não acontecer”, garantiu o oficial.

Barulho

A Regional Centro-Sul novamente afirmou que os problemas denunciados pela reportagem do Estado de Minas de domingo são de competência da Polícia Militar, mas se comprometeu a ceder fiscais de postura municipal para acompanhar as ações, usando inclusive os aparelhos sonoros. O órgão disse que também faz operações na região e que a última delas aconteceu no dia 17 de fevereiro, quinta-feira, para evitar o comércio de pessoas que não estão credenciadas para trabalhar nas ruas. Naquele dia, foi apreendido material de pipoqueiros sem autorização.

O espaço é um patrimônio público do município, mas a Guarda Municipal diz que não tem como cuidar da Praça do Papa por causa do efetivo. Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial afirma que não possui agentes escalados em permanência no local, uma vez que todo seu efetivo está empregado em áreas de maior prioridade”. A assessoria de imprensa da secretaria explicou que escolas, unidades de saúde e parques fechados são os locais de prioridade para patrulhamento da guarda e que conta com a ajuda da PM para coibir as irregularidades na Praça do Papa, como era feito antes da criação do órgão, há sete anos. Na reunião de segunda-feira, segundo o comandante do batalhão, a Guarda comunicou ao grupo que não poderá participar das ações conjuntas.