Jornal Estado de Minas

Polícia ouve três testemunhas sobre assassinatos no Aglomerado da Serra

Deputados cogitam pedir fechamento da Rotam por causa de denúncias sobre milícias

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri Pedro Rocha Franco
A Polícia Civil ouve na manhã desta terça-feira, os depoimentos de três testemunhas para tentar esclarecer as mortes de Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e de Jeferson Coelho da Silva, o Jefinho, de 17. Eles foram mortos durante uma ação da Polícia Militar no Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul de BH. Militares da Rotam afirmam ter sido recebidos com tiros no aglomerado e moradores negam essa versão.
A população está revoltada com as mortes e iniciou uma série denúncias contra a Rotam, inclusive com informações de que o batalhão age recebendo propina de traficantes do morro.

Tudo indica que os ouvidos, nesta manhã no Departamento de Investigações são o irmão, o pai e o tio de Jeferson Coelho da Silva. O delegado Fernando Miranda, da Delegacia de Homicídios Centro-Sul é quem escuta as testemunhas.

Veja as fotos do aglomerado nesta terça-feira

Deputados

Durante uma audiência pública na Praça Cardoso, dentro do Aglomerado da Serra, deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, afirmaram que, baseados nas denúncias de moradores, vão pedir a interdição da Rotam.

Os parlamentares ouviram a população e conseguiram levantar uma nova denúncia, militares estariam envolvidos em esquemas de caça níqueis. Todas as alegações da população serão apuradas pela PM. A Corregedoria da corporação vai instalar uma ouvidoria itinerante no aglomerado para colher denúncias dos moradores.

Deputados se reuniram com moradores para ouvir denúncias - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA PRESS