Mais um fim de semana de sol e calor em Belo Horizonte, que completou neste sábado um mês de estiagem. Segundo os registros do Instituto Nacional de Meteorologia, a última chuva significativa que caiu sobre a cidade, foi no dia 19 de janeiro. Desde então, os belo-horizontinos têm enfrentado dias quentes, de baixa umidade no ar, com temperaturas próximas aos 30 graus. E para driblar a seca do verão, o jeito encontrado por muitos foi manter a garganta sempre molhada. Os mineiros têm feito juz à fama da capital dos botecos lotando as mesas dos bares e consumindo vários litros de cerveja gelada.
Na Savassi, o sábado foi de muito movimento. Os amigos Martinho Augusto Carrero, Gerônimo Amaral e Antônio Ivan Freitas aproveitaram o tempo quente para um encontro animado regado a chope em um bar da região. "A gente vem sempre aqui, mas, claro que o calor dá mais ânimo ainda", afirmou Freitas. As irmãs Maria Irene Melo Neves e Elizabeth Neves também foram se refrescar num bar do bairro Santa Efigênia, na Região Leste. "Faz muito calor, não dá para ficar dentro de casa. A gente passa até mal", disse Elisabeth. Mas para a irmã, que é ambientalista, o clima quente preocupa. "Infelizmente estão cortando todas as árvores, só está sobrando asfalto e concreto na cidade. Antigamente Belo Horizonte tinha um clima tão bom que era indicada para o tratamento de doenças respiratórias, como a tuberculose. Já hoje nem nós moradores suportamos esse calor ", comentou.
Mas segundo o chefe da divisão de meteorologia do 5º Distrito do Inmet, Jorge Moreira, o calor tende a diminuir a partir de terça-feira, quando uma frente fria, em formação no Sul do país, deve chegar ao estado e provocar chuvas na capital e Região Metropolitana. "A temperatura pode cair um pouco caso a previsão de chuva para o meio da semana se confirme, mas nada que impeça a volta do calor, já que estamos em pleno verão", lembra o meteorologista.