Em novembro daquele ano, o governo estadual passou a cobrar de todos os despachantes a filiação aos órgãos. Com isso, por uns dias, boa parte dos trabalhos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG) ficaram paralisados e foi preciso dar mais tempo para que fosse feito o cadastro nas entidades. Às pressas, os despachantes procuraram o conselho e o sindicato para continuar exercendo o trabalho (a profissão de despachante não é reconhecida). Naquele período, duas reclamações foram as mais recorrentes: o pagamento de taxa de R$ 600 para o cadastro no CRDD-MG e a falta de exigências para novos profissionais, o que possibilitou a multiplicação de trabalhadores.
Decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região definiu que a cobrança de anuidade, diploma e cursos estava proibida tanto em São Paulo como em âmbito nacional. Em Minas, a decisão é passível de recurso, mas, em caso de descumprimento da decisão, o governo está sujeito a multa de R$ 360 mil. O Estado de Minas tentou contato com o CRDD-MG, mas não obteve retorno.
O despachante é o profissional intermediário entre o contribuinte e um órgão estadual – os departamentos de trânsito são as autarquias onde eles mais atuam –, protocolando documentos, desembaraçando questões referentes a emplacamentos e documentos diversos para regularização de veículos etc. São 720 mil ofícios por mês protocolados por despachantes em Minas Gerais.