Leonardo deixou o Ceresp Gameleira na madrugada desta quarta-feira - Foto: Tulio Santo/EM DA PressO motorista Leonardo Faria Hilário, de 24 anos afirmou nesta quarta-feira que estava a 60 km/h no Anel Rodoviário no momento da tragédia que matou cinco pessoas e deixou outras 12 feridas, no dia 28 de janeiro. A perícia da Polícia Civil apontou que o condutor trafegava a 115 km/h, mas o advogado do acusado, Geraldo Washington Batista Júnior, contesta os resultados do laudo. Em entrevista ao Jornal da Alterosa 1ª Edição, o caminhoneiro, que deixou a prisão nesta madrugada depois da liberdade concedida pela Justiça, disse não se sentir responsável pelas mortes no acidente.
“Perdi o freio. Tentei desviar dos carros que vi pela frente tentando achar espaço para o caminhão, mas quando parou já tinha acontecido o acidente”, disse Leonardo. Muito emocionado o motorista falou pouco, mas afirmou que vai voltar para casa e reencontrar a família no Mato Grosso do Sul. Segundo o caminhoneiro, a causa da batida foi uma falha no freio, um problema mecânico. Igual a muitos motoristas que desconhecem os perigos do Anel Rodoviário, Leonardo admitiu que no dia do acidente passava na rodovia pela primeira vez.
O advogado Geraldo Washington Batista Júnior ainda disse que vai processar o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) por não promover as melhorias no perigoso trecho do Anel Rodoviário, na descida entres os bairros Olhos D´Água e Betânia, na Região Oeste de BH. Para o defensor, o órgão deve ser responsabilizado pelas tragédias na via, inclusive pelo acidente envolvendo o cliente.