“Danilo Fernando” teria dito a Janinha que viajaria para Montes Claros no fim de semana e solicitou que ela fizesse reserva em um hotel próximo ao Bairro São João, onde a secretária morava sozinha. Ela teria feito a reserva para sexta-feira, mas como o rapaz chegou no sábado, acabou se hospedando na casa dela.
Janinha foi encontrada seminua em cima de sua cama, por um dos seus irmãos. O corpo apresentava marcas na cabeça e hematomas no pescoço, sinais de que sofreu agressões. Ela foi estrangulada, possivelmente com um fio de telefone. Também foram encontrados sinais de que o assassino manteve relação sexual com a vítima minutos antes do crime. A Polícia Civil informou que foram levados alguns pertences da secretária: um notebook, duas câmeras fotográficas digitais e certa quantia de dinheiro, cujo valor não foi revelado. Na casa havia roupas masculinas, que pertenceriam ao suposto autor do crime. A mulher teria sido morta na primeira hora da madrugada de ontem. As portas da casa estavam abertas, mas o portão da rua estava trancado.
As investigações são conduzidas pela delegada Carla Silveira, que, ontem à tarde, ouviu várias testemunhas. “A internet proporciona aos criminosos usar identidades, endereços e perfis falsos. Portanto, não podemos apontar se foi um caso de latrocínio – matar para roubar – ou crime passional. Designamos equipe para apurar todos os fatos”, afirmou a delegada.
Em entrevista ao EM, o irmão de Janinha, Valdeir Pereira de Freitas, disse que a foto do suspeito foi enviada por ela a uma prima, dias antes, por e-mail. Contou também que a secretária foi vista com vida às 23h de domingo, em casa, pois a prima e o namorado estavam com ela e “Danilo Fernando”. “Foi depois desse horário que eles ficaram sozinhos na casa dela. O rapaz aparentava ter uns 28, 30 anos, tem pele clara e é bem apessoado. Estamos com os corações despedaçados. Ela era a caçula de seis irmãos, muito trabalhadora e fazia muitas amizades”, desabafou.