Jornal Estado de Minas

Borracheiro que matou ex-mulher no salão de beleza deve ir a júri popular

João Henrique do Vale

Fábio Willian da Silva matou, a tiros, sua ex-mulher no dia 20 de janeiro, em um salão de beleza no Bairro Santa Mônica, na Região da Pampulha - Foto: Euler Junior/EM/D.A.Press 

Deve ir a júri popular o borracheiro Fábio Willian da Silva, de 30 anos, acusado de matar a ex-mulher, a cabeleireira Maria Islaine de Moraes, de 31, no dia 20 de janeiro, no Bairro Santa Mônica, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte. A sentença foi preferida pela juíza Maria Luiza de Andrade Rangel Pires, do I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette. Com a decisão, que ainda cabe recurso, o réu deve ir a julgamento popular em data ainda não definida.

Para a juíza, a materialidade do crime está comprovada através do laudo de necropsia anexado ao processo. Quanto à autoria, ela entendeu que não há dúvidas de que o delito cometido pelo borracheiro, baseado em depoimentos de testemunhas e provas periciais, inclusive a filmagem integral do episódio.

Em relação às qualificadoras, (motivo torpe, sem chance de defesa para a vítima e com emprego de meio que resultou em perigo comum), Maria Luiza considerou que elas não podem ser excluídas. Para ela a motivação do crime foi o inconformismo do borracheiro com o término do relacionamento com a cabeleireira e com a partilha de um imóvel que possuíam.

Além disso, segundo a magistrada, ficou caracterizada a impossibilidade de defesa da vítima e o emprego de meio que causou perigo comum, tendo em vista a presença, no local do fato, de outras pessoas que ficaram na mesma linha de tiro da vítima, conforme provas periciais.

Sendo assim, de acordo com o processo, o borracheiro é acusado por por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, sem chance de defesa para vítima e com emprego de meio que resultou em perigo comum. O réu vai aguardar o julgamento preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, região metropolitana de Belo Horizonte.