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Estado de Minas

Ruas de BH estão repletas de mangas

Originária da Índia, fruta se adaptou muito bem no Brasil. Em BH, ela pode ser vista na região hospitalar, onde há quem adore e quem odeie, principalmente quando cai sobre os carros


05/12/2008 07:12 - atualizado 08/01/2010 03:59

Na Avenida Alfredo Balena, árvores estão carregadas com a variedade sapatinho, que é a mais fibrosa. Vantagem da espécie é resistência
Na Avenida Alfredo Balena, árvores estão carregadas com a variedade sapatinho, que é a mais fibrosa. Vantagem da espécie é resistência (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

 

Houve uma época em que meninos pulavam muros de quintais para chupar mangas de vizinhos. A sombra da árvore era um convite a mais para ficar ali debaixo, se lambuzando com o fruto conquistado na ousadia. Originária da Índia, a delícia está, hoje, em todos os lugares do mundo, principalmente no Brasil, país onde se adaptou muito bem. Mas é em Belo Horizonte que a iguaria, nessa época do ano, freqüenta as vias públicas e nem é preciso sacrifícios para degustá-la. Na região hospitalar, a manga é majestade de quem passa por ali, fazendo com que as ruas se pareçam com um grande pomar, de um único sabor.

Considerada por muitos a rainha dos gostos tropicais, o fruto tem, segundo a agrônoma da Gerência de Áreas Verdes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Cássia Lafetá, diversos tipos. “É uma fruta que apresenta uma diversidade muito grande. Ainda mais que o próprio homem foi modificando-a e criando outros tipos. As mais tradicionais são a espada, a ubá, a rosa e a sapatinho, essa última é típica da área hospitalar”, conta Cássia, que exemplifica como novo tipo a palmer. “Exemplo de cruzamentos feitos pelo ser humano, e não pela natureza.”

A sapatinho, que é típica das árvores que estão na Avenida Alfredo Balena, se caracteriza, segundo a agrônoma, por ser pesada e conter muitas fibras, aquelas que agarram no dente quando a fruta é devorada. “Por incomodar muitas pessoas, há quem a prefira sem os fios, por isso, muitos produtores dão atenção maior à comercialização das genéricas. Elas são mais fáceis de produzir, uma vez que as mangueiras são jovens e reproduzem mais rápido, o que ajuda na colheita”, diz Cássia Lafetá.

Bem e mal

No entanto, a presença de muitas mangas nessa região de BH divide opiniões. “No ano passado, conversamos com muitas pessoas que andam por ali e há quem adore a presença da fruta, mas há quem odeie e diga que o fruto, sendo pesado, quando cai, estraga os carros”, conta Cássia. Ela explica que, para a urbanização, a árvore é ótima por ser resistente.

A agrônoma destaca que, além de deliciosa, a fruta é excepcional para a saúde, oferecendo energia, fibras, sais mineiras e as vitaminas A e C. “Com esse alimento, podemos fazer doces em calda, em barra, sucos, molhos e tantas outras opções que agradam ao paladar”, comenta, acrescentando que apesar de estar todo ano à disposição do consumidor, é nessa época que ela se frutifica mais, como se desse boas-vindas ao verão.


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