Conforme divulgou o Estado de Minas em 21 de agosto, o projeto prevê a revitalização, e, ao mesmo tempo, retoma a exploração do minério de ferro, que tem três opções de execução. A primeira, estima que a massa (de minério) a ser explorada, por 25 anos, será em torno de 69,7 milhões de toneladas. No período, a arrecadação de impostos prevista é de R$ 959,4 milhões, sendo destinados R$ 681,7 milhões para a União, R$ 227,2 milhões para o estado e de R$ 50,5 milhões para Sabará, onde está localizada a área. A segunda opção prevê exploração de 58,4 milhões de toneladas em duas décadas, gerando receita de R$ 545,4 milhões para o governo federal, R$ 181,8 milhões para o estadual e R$ 40,4 milhões para o municipal. A terceira alternativa exploraria 42,7 milhões de toneladas, em 15 anos, resultando numa receita de R$ 409 milhões para a União, de R$ 136,6 milhões para o estado e de R$ 30,3 milhões para a cidade. “Além da arrecadação, o projeto vai gerar 200 empregos diretos e cerca de 250 indiretos”, disse Rodrigo.
Mas o destino da Serra da Piedade divide opiniões. Enquanto muitos moradores da região acreditam que o projeto de uma nova atividade mineradora vai devastar o patrimônio assim como foi no passado, outros apostam que a atividade trará desenvolvimento econômico e emprego. “Diante de um crime ambiental que ocorreu no passado, vamos repetir a mesma história? Permitindo que uma nova mineração esteja no local?”, questiona a arquiteta, Maria Auxiliadora Alvarenga, que mora na região.
Hilda de Paiva Bicalho, representante da S.O.S Serra da Piedade, e contra o projeto da empresa, ressaltou que antes de avaliar a proposta do Grupo AVG, “é preciso lembrar que a serra é tombada pelos institutos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Estadual (Iepha) e pela Prefeitura de Caeté”. Para o morador Frederico José, a situação em que está a serra é propícia para acidentes em períodos chuvosos. “Temos medo de que haja uma tragédia tão grande quanto a de Santa Catarina (SC). Recuperar o meio ambiente seguindo a lei e gerar empregos vai ser bom. Quando a Brumafer foi fechada, quase 400 famílias foram afetadas com desemprego. A aprovação da proposta será uma nova esperança”, disse.