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Estado de Minas

Destino do Mercado de Santa Tereza indefinido


postado em 02/12/2008 07:31 / atualizado em 08/01/2010 03:59

Os porteiros Ronaldo e Daniel trabalham no local e desconhecem propostas (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press )
Os porteiros Ronaldo e Daniel trabalham no local e desconhecem propostas (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press )
Suspeita de fraude, votos de eleitores que já morreram, pedidos de suspensão e sujeira nas ruas. Faltam apenas cinco dias para terminar a votação que decide o destino do Mercado Distrital de Santa Tereza, na Região Leste de BH. Mas desde que a eleição foi aberta à comunidade, em 5 de novembro, o que era para ser uma decisão popular tomou outros rumos. Tanto é que, nesta terça-feira, haverá audiência pública na Assembléia Legislativa com representantes dos três projetos concorrentes para discutir as denúncias.

As polêmicas já passaram dos limites e tanto barulho pouco adiantou. O belo-horizontino parece não estar interessado em opinar sobre o destino do tradicional centro de compras. Num universo de mais de 1 milhão de eleitores, pouco mais de 25 mil votaram, até a segunda-feira. Muita gente só sabe que o lugar foi cogitado para ser sede da Guarda Municipal, ano passado.

Os aposentados Marlene Fonseca e Silas Soares moram há muitos anos no bairro, mas desconhecem o atual processo. “Não sabemos direito nem sobre as propostas e nem sobre os donos delas”, diz Marlene. Nem mesmo os porteiros do mercado distrital conhecem as propostas. “Ouvi falar, mas confesso que não sei como funciona. Não moro aqui, por isso não me interessei”, afirma Daniel da Silva, apoiado por Ronaldo Lourenço, que conta que sabe sobre a polêmica de possíveis fraudes, mas desconhece as propostas. A escolha, que é feita pelo site www.pbh.gov.br, é aberta a todos os cidadãos. Basta digitar número do título e zona eleitoral.

Suspensão

A possível fraude no processo de eleição, levantada por representantes do projeto Mercado Mineiro, da Associação dos Moradores de Santa Tereza, foi divulgada pelo Estado de Minas em 12 de novembro. A partir daí, entidades como o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas (Crea-MG) entraram com representação na prefeitura para suspender a votação. A PBH negou e abriu auditoria para investigar as denúncias que questionam que qualquer pessoa que saiba nome completo e data de nascimento de outra pode votar.

A baixaria na eleição não tem agradado aos eleitores. Um dos proprietários do tradicional restaurante Bolão, Silvio Eustáquio Rocha, admite que durante 47 anos de existência do estabelecimento, na Praça Duque de Caxias, nunca soube de tanta confusão em torno de um patrimônio do bairro. “Não entendo o porquê desses desentendimentos.”

Para o presidente da Comissão Julgadora do Concurso do Projeto de Atividades do Mercado de Santa Tereza, Lessandro Lessa, as polêmicas são tempestades em copo d’água. “As brigas e acusações não são positivas para a cidade. Dos 25 mil votos que temos, 90% dos eleitores estão escolhendo o destino da cidade. Uma minoria está atrapalhando o processo e, infelizmente, estão ganhando foco”, diz. A votação termina sábado, mas o resultado oficial não sairá na data. A prefeitura vai esperar que todos os votos sejam computados, para saber iniciar a investigação.


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