Problemas
Mesmo com todo o planejamento, há problemas no combate à dengue. O primeiro é a carência de agentes de zoonoses. Segundo Ely Alves de Souza, diretor de Combate à Dengue da secretaria, o número ideal de pessoas para atender toda a demanda seria de 136, mas o município conta com 89. “Há uma grande rotatividade no serviço, pois um agente recebe por mês apenas um salário mínimo. Assim, deixa o serviço em troca de qualquer proposta de emprego melhor que recebe”, diz. Em média, a secretaria precisa de 60 dias para contratar e treinar um agente.
Na última temporada de chuva, quando houve aumento do risco de dengue, outro problema foi a resistência dos donos de imóveis em abrir as portas para os agentes. A prefeitura precisou pedir a intervenção do Ministério Público, que autorizou a entrada na companhia de oficiais de justiça. “E mesmo assim houve muitas recusas”, conta. Entre os bairros com maiores problemas está Jardim Arizona. Mas Ely afirma que houve uma redução de 90% de recusa este ano.
O último caso mais grave registrado em sete Lagoas foi no início de junho, mas sem óbito. “Precisamos de ajuda da população, que, neste caso, é o melhor agente de saúde pública”, convoca.