Um vilão desconhecido da população tem atacado em silêncio e com freqüência. Nas últimas décadas, o câncer se tornou, infelizmente, um malefício famoso para muitas famílias, tão temido como situações de perigo extremo. E um tipo específico da doença segue aterrorizando as pessoas: o linfoma, quinta forma mais comum do câncer no mundo, mas desconhecida de pelo menos 69% dos mineiros, segundo pesquisas.
A doença ataca principalmente os tecidos do sistema linfático – responsável pela defesa do organismo contra infecções – e, caso não seja feito diagnóstico precoce e iniciado o tratamento, ela pode se espalhar para órgãos importantes e deixar a pessoa cada vez mais debilitada. Para difundir os sintomas e características do linfoma, a Associação Brasileiro de Linfoma e Leucemia (Abrale), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH), organizou para este mês, em todo o país, a campanha Existe um câncer que você não conhece.
Em Belo Horizonte, a ação será organizada até dia 28, no Terminal Rodoviário Israel Pinheiro. Em um estande montado na entrada, serão distribuídos panfletos com informações sobre a doença. O objetivo é tornar o diagnóstico mais rápido e proporcionar aos enfermos a possibilidade de tratar o câncer e prolongar o tempo de vida. Segundo o hematologista Evandro Maranhão Fagundes, o linfoma ataca de forma branda ou agressiva. Na primeira, mesmo sem tratamento, a pessoa pode viver por até 10 anos, enquanto, a segunda pode ser fatal em poucos meses. “Com a doença, formam-se caroços nos tecidos do sistema linfático que podem se espalhar pelo corpo. Por isso, o tratamento pode evitar doenças associadas”, afirma.
De acordo com pesquisas, até mesmo quem conhece o linfoma, não sabe os sintomas. Coceira persistente por todo o corpo; tosse constante e falta de ar; suores noturnos; inchaço indolor no pescoço e nas axilas; febre sem causa aparente e perda de peso e cansaço estão entre os sinais e, segundo o médico, a ocorrência simultânea de vários deles significa estado de alerta. (PRF)
Com a doença, formam-se caroços nos tecidos do sistema linfático que podem se espalhar pelo corpo. Por isso, o tratamento pode evitar doenças associadas
Evandro Maranhão Fagundes, hematologista