No local, também haverá endocrinologistas, nutricionistas, enfermeiros e um professor de educação física para esclarecer a população. Os portadores de diabetes do Hospital das Clínicas vão promover um show de talentos com instrumentos musicais e os participantes poderão responder um questionário para identificar o nível de conhecimento das pessoas sobre a doença. O prédio da prefeitura, o pirulito da Praça Sete e a fachada da Santa Casa receberão iluminação azul, cor que representa o combate a diabetes no mundo. Os locais foram escolhidos pela Sociedade Brasileira de Diabetes por serem marcos importantes da cidade. A estimativa da SES é de que o estado tem 600 mil diabéticos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas na capital há 140 mil portadores da doença.
Causas
As principais causas da enfermidade são a obesidade, a alimentação inadequada e o sedentarismo, além da herança genética. A diabetes se apresenta de duas formas. A tipo 1 é decorrente da destruição das células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina e acomete crianças e adolescentes, que precisam tomar o medicamento imediatamente, pois o risco de morte é alto. A tipo 2 tem características hereditárias e se manifesta em pessoas acima dos 40 anos.
Pelo menos 50% dos doentes acometidos pelo tipo 2 não sabem que têm o problema, segundo estimativa da Secretaria de Estado de Saúde. “O diabetes tem um custo social muito grande, pois, além de o paciente perder qualidade de vida, há as aposentadorias precoces e o desgaste da família. É uma doença silenciosa, muitas vezes ocasionada pelo fato de as pessoas não terem tempo de se alimentar direito e consumirem muitos produtos industrializados”, relata a enfermeira e integrante da equipe técnica da Coordenação Estadual de Hipertensão e Diabetes da SES, Samari Godinho. Ela ressalta que o diabetes tem controle e ele pode ser feito, dependendo do caso, apenas com atividades físicas e dieta. “Se há casos na família de diabéticos e se a pessoa está acima do peso, deve-se fazer controle na unidade de saúde. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações mais graves.”