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Estado de Minas

Novos contratos reabrem esperança por qualidade nos ônibus de BH


postado em 12/11/2008 07:13 / atualizado em 08/01/2010 04:04

Reduzir a superlotação dos coletivos nos horários de pico é um dos compromissos do sistema, cujas novas regras começam a vigorar no sábado(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 19/6/08)
Reduzir a superlotação dos coletivos nos horários de pico é um dos compromissos do sistema, cujas novas regras começam a vigorar no sábado (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press 19/6/08)

Menos passageiros e menor tempo de espera; mais agilidade, conforto, segurança e economia. A promessa e o sonho do transporte público de qualidade em Belo Horizonte tem nova data. A partir de sábado, começam a valer as novas regras do sistema de ônibus da capital, que devem vigorar nos próximos 20 anos, de acordo com as determinações estabelecidas, em contrato, para os consórcios responsáveis pela nova gestão da rede de coletivos da cidade. No papel, a previsão é de inúmeros benefícios para os cidadãos, mas o resultado depende de rigorosa fiscalização da BHTrans.

A principal modificação no sistema se dará aos domingos e feriados. Para incentivar o lazer das famílias, o passageiro pode usar dois ônibus, no intervalo de 90 minutos, gastando no máximo R$ 2,10 com o cartão BHBus. “Se o usuário quer seguir do Barreiro para o Bairro Santa Efigênia, na Região Leste, pode pegar um ônibus e descer no Centro e, em seguida, pega outro coletivo em direção ao destino. Com isso, paga apenas o valor de uma passagem. Caso se trate de linhas com tarifa de R$ 1,50, será acrescido R$ 0,60, completando R$ 2,10”, exemplifica o diretor-presidente da BHTrans, Ricardo Mendanha. O benefício de meia-passagem para o segundo coletivo continua valendo durante a semana.

Também aos domingos e feriados, a promessa é reduzir o tempo máximo de espera para 30 minutos. Segundo Mendanha, a principal reclamação era referente à demora dos coletivos. “Algumas linhas levavam até duas horas a passar”, admite o presidente da empresa municipal de transporte. Durante a semana e aos sábados, a espera no pontos deve variar entre três e 20 minutos, nos horários de pico. Para suprir a demanda começam a circular, durante a semana, 120 novos coletivos.

A perspectiva de mudanças agrada à funcionária pública Vera Regina dos Santos, de 60 anos, mas também a deixa desconfiada. Todos os dias, pega o ônibus 3501A (Jardim Alvorada/São Marcos) e enfrenta os dissabores de coletivos lotados e da longa espera. Nos horários de pico, início da manhã e fim da tarde, ela conta que entra em verdadeiras “latas de sardinha”. Para pegar outro coletivo, precisa andar seis quarteirões, até o ponto do 4108 (Pedro II/Mangabeiras), na Avenida Pedro II, na Região Noroeste de Belo Horizonte. “Seria ótimo reduzir o intervalo entre um ônibus e outro. Se as outras iniciativas se tornarem realidade, vai ser maravilhoso. O problema é que as melhoras sempre ocorrem primeiro nas áreas de luxo de BH. Quem precisa do transporte público e mora longe não é beneficiado”, diz.

Cara nova

A frota de ônibus da capital também será alterada. De forma gradativa, o design das linhas ganha cara nova. Primeiro, somente os 120 novos veículos estarão adequados ao novo modelo e as empresas têm prazo de dois anos para fazer a substituição. As linhas terão somente quatro cores: azul (diametrais); verde (troncais e semi-expressas); amarelo (alimentadoras, circulares e de vila e favelas) e laranja (perimetrais). E o layout externo dos veículos também será trocado. As setas arredondadas darão lugar a quatro dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte: a Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, o Viaduto de Santa Tereza, o pirulito da Praça Sete e o Edifício Niemeyer, na Praça da Liberdade.

A ocupação máxima permitida em cada veículo será reduzida. Antes eram admitidos sete passsageiros por metro quadrado e a capacidade era ultrapassada em até 51% em alguns casos. A partir de sábado, o limite passa a ser de cinco pessoas por metro quadrado. O diretor-presidente da BHTrans promete fiscalização rigorosa. “A média de ocupantes será de 60 pessoas, 35 sentadas e 25 em pé. A empresa será multada caso não cumpra as obrigações. Se por três dias seguidos ocorrer excesso de lotação, o responsável será punido”, afirma.


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