Mas nem todos os profissionais concordam com a teoria. Testar conhecimentos para disciplinar os nervos pode não ser uma boa conduta, segundo especialistas. A psicopedagoga Cláudia Albuquerque pondera a questão. Ela ressalta, em primeiro lugar, a necessidade de a escola orientar o aluno. Para Cláudia, o ideal é treinar apenas no terceiro ano do ensino médio, prestando o vestibular no fim do primeiro semestre. “Quando o estudante está no segundo ano, ele cria muita expectativa e depois pode vir a frustração. Ele já vai despreparado, pois não estudou tudo o que devia. Se vai bem, pensa que está com tudo e acredita que, se foi bem até ali, se sairá melhor quando for para valer. Isso não é uma garantia e pode ser apenas uma coincidência de a prova ter questões estudadas até aquele momento. O próprio enfoque do vestibular pode mudar.”
A estudante Priscila Magalhães Cezarini, de 16 anos, é da turma que prefere antecipar as emoções. A garota quer fazer engenharia de produção, mas para fugir das provas de matemática, física e química na segunda etapa, pensa em fazer a prova para o curso de física. A aluna do segundo ano do ensino médio vai prestar o vestibular na UFMG mês que vem para testar as condições psicológicas.
O teste já começa no colégio, onde faz provas com questões de vestibulares. Nas horas dedicadas ao estudo, costuma resolver questões aleatórias nos sites das universidades. “No terceiro ano, o psicológico vai pesar mais e acho que vou ficar mesmo mais nervosa. Por isso, agora, é importante saber a sensação de estar na sala de aula cheia de concorrentes”, diz.