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Estado de Minas

Estudantes fazem prova de olho no prêmio

Alunos de escolas públicas comparecem em massa às provas da 2ª etapa, na esperança de conseguir bolsa de iniciação científica


postado em 09/11/2008 11:21 / atualizado em 08/01/2010 04:04

 No Estadual Central, Roberto Franco, de 30 anos, achou exame difícil (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press )
No Estadual Central, Roberto Franco, de 30 anos, achou exame difícil (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press )
Mais de 93 mil estudantes das escolas municipais, estaduais e federais de Minas, que participaram sábado da segunda etapa da 4ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, estão de olho nos resultados que será anunciado em fevereiro. De acordo com a coordenação em Belo Horizonte, o índice de comparecimento foi alto. Os alunos com melhores notas, além de medalhas de ouro, prata e bronze, vão receber bolsas de iniciação científica, no valor de R$ 100 mensais, que os manterão estudando matemática sob a coordenação da olimpíada. No ano passado, o número de bolsas chegou a 3 mil. Nesta fase, foram aplicadas três tipos de provas para alunos da 5ª e 6ª séries (nível I), 7ª e 8ª (nível II) e ensino médio (nível III), consideradas difíceis pelos estudantes que fizeram testes na Escola Estadual Milton Campos, no Bairro de Lourdes, na Zona Sul da capital.

Pablo Gontijo, de 11 anos, aluno da 5ª série da Escola Estadual Pandiá Calógeras, conclui a prova em menos de meia hora e deixou a sala de aula dizendo que o grau de dificuldade foi médio. Ele afirmou ainda que encontrou um erro em uma das questões formuladas e corrigiu: “O enunciado da prova dizia que não era possível fazer uma equação e mostrei que era”. Mesmo seguro e se dizendo fã da matéria, Pablo não quis arriscar uma nota. Estudando na mesma escola de Pablo, Fernanda Lopes, de 16 anos, da 6ª série, disse que achou o teste muito difícil. Ressaltou que não deixou nenhuma questão em branco. Ela foi a primeira aluna a deixar o local de prova, menos de uma hora depois de fechados os portões.

Mães

O aluno do Imaco Roberto de Melo Franco, de 30 anos, da 3ª série do ensino médio, confessou toda a dificuldade de voltar a estudar, depois de 18 anos longe dos bancos escolares. Com um lenço para enxugar o suor da testa, ele disse: “Vi que tenho que estudar muito mais. Foi muito puxado, especialmente para mim que fiquei muito tempo sem estudo”. Ainda assim, ele acredita que pode ter conseguido acertar de cinco das oito questões. “Sempre gostei de matemática”, revela.

A coordenadora das provas no Estadual Central, Adriana Xavier Freitas, disse que o clima foi de absoluta tranqüilidade, sem qualquer imprevisto. Entretanto, essa tranqüilidade não estava retratada nos rostos de algumas mães corujas, que aguardaram os filhos na porta da escola. Todas, em coro, não escondiam o nervosismo que poderia se estender até por três horas, tempo máximo para a conclusão da prova.


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