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Estado de Minas

Água desaparece no Norte de Minas


postado em 05/11/2008 08:48 / atualizado em 08/01/2010 04:06

O produtor rural Sebastião Silveira pega areia no leito do Rio Garipau, em Mato Verde(foto: Fabiano Lopes/Esp. EM/D.A Press)
O produtor rural Sebastião Silveira pega areia no leito do Rio Garipau, em Mato Verde (foto: Fabiano Lopes/Esp. EM/D.A Press)
A estiagem que castiga o Norte de Minas há seis meses já provocou a redução de 61% do volume hídrico da região, com o secamento de centenas de córregos, rios, açudes e outros mananciais. Além da escassez de água, a falta de pasto é outro grave problema, com o gado morrendo de fome. A capacidade de suporte das pastagens diminuiu em mais de 70%. Os dados estão no relatório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), que criou o Sistema de monitoramento dos efeitos da seca. Conforme o coordenador técnico da Superintendência Regional da Emater em Montes Claros, Sérgio Oliveira Azevedo, foram visitadas 180 propriedades em 11 municípios.

O relatório mostra uma grande dificuldade dos pequenos produtores rurais na manutenção de seus rebanhos, pois houve redução de 73% das reservas estratégicas de alimentação do gado (silagem, cana e capineira). A produção de leite caiu 15%, afetando a vida de centenas de famílias de pequenos produtores, que retiram o sustento da atividade. Segundo a Emater, neste ano, choveu 515 milímetros na região, uma média de 51,5mm por mês.

O Estado de Minas percorreu os municípios da microrregião da Serra Geral de Minas, uma das áreas mais atingidas pela seca. O que se vê são pastagens secas, com os pequenos agricultores recorrendo às últimas reservas de capineiras para alimentar o gado. Há vários meses, os mananciais estão vazios. É o caso do Rio Garipau, no município de Mato Verde. O leito seco do rio está tomado completamente pela areia, conseqüência do assoreamento. “Com o desmatamento, entulho e areia foram carreados para dentro do rio”, constata o agricultor Sebastião Silveira, o Brancão, que sofre com os efeitos da estiagem.

As comunidades afetadas pela falta de água estão sendo abastecidas com caminhões-pipa. O governo do estado anunciou uma medida para tentar amenizar o problema: a construção de barraginhas perto de localidades com até 200 habitantes. Os barramentos serão feitos com maquinário (máquinas patrol, retroescavadeiras e caminhões) adquirido pelo estado ao custo de R$ 8 milhões. De acordo com a secretária extraordinária do Desenvolvimento do Norte de Minas dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Elbe Brandão, até o fim do ano devem ser construídas cerca de 50 barraginhas, com quatro hectares cada uma.

Patrulha

As quatro patrulhas motomecanizadas serão enviadas para as microregiões de Montes Claros, de Janaúba, de Pedra Azul e de Teófilo Otoni. A entrega dos equipamentos, marcado para amanhã, foi transferida para dia 13, em Montes Claros. A Fundação Rural Mineira (Ruralminas) vai gerenciar a construção das barraginhas. Para manter o programa, o governo vai destinar R$ 3 milhões por ano. Lontra será o município a receber a primeira barraginha do programa.


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