O Hospital de Pronto Socorro João XXIII (HPS) só pôde transferir os casos considerados menos graves para o serviço de saúde da prefeitura de Belo Horizonte porque implantou, em julho, a classificação de risco baseada no Protocolo de Manchester. Uma pulseira no braço do paciente nas cores vermelha, laranja, amarelo, verde ou azul determina a gravidade e o tempo de espera variável de zero a quatro horas, reforçando a prioridade para quem precisa mais.
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Os azuis e o total dos verdes representam 60% dos cerca de 450 atendimentos diários no hospital. Em período ainda não estabelecido, o restante dos pacientes verdes vão para a prefeitura também, mas para atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas). São situações, como dor abdominal não gravíssima e crise controlada de hipertensão.
A classificação não muda nada para os pacientes vermelhos – os que apresentam risco de morrer. Eles continuam chegando ao hospital e tendo prioridade máxima no atendimento. Na época da implantação da classificação, a diretoria do hospital justificou a opção pelo sistema dizendo que era preciso organizar o atendimento e aproveitar melhor o quadro de médicos muito especializado do hospital para os casos gravíssimos.