Cristiana Fortini explica que no último semestre ministrou pouquíssimas aulas em cursinho. Mesmo assim, o tema foi direito administrativo, bem diferente do que cobrou nas provas. “Estou proibida de ensinar apenas aquilo que vou avaliar. Ele (Rusvel) não. Não posso proibi-lo de lecionar”, alega, acrescentando que, se o seu objetivo fosse beneficiar alguém, não precisaria do marido. Bastaria informar o conteúdo das provas a algum candidato. Ela argumenta ainda que vários funcionários da PGM entraram na seleção e não passaram.
Rusvel justifica que esteve a serviço da escola Aprobatum no ano passado e, quando a esposa foi contratada pela Fundep, em janeiro, sua participação nas salas de aula havia se encerrado. Depois disso, deu continuidade ao trabalho quando novos cursos se formaram. Ele acrescenta que há vários anos é professor, assim como a esposa integra bancas examinadoras. “Se não pudesse dar aulas a cada certame de que ela participa, teria que parar de trabalhar”, comenta.
Dos 91 alunos de Rusvel na Pro-Labore, dois foram aprovados. Dos 257 alunos que teve na Aprobatum, quatro estão entre os 12 primeiros na seleção. São os mesmos que passaram nas disputas para as procuradorias de Contagem e da Assembléia Legislativa, informa a empresa. O casal ocupa cargos no mesmo órgão público, mas, segundo o procurador, não se trata de nepotismo. Ele esclarece que a mulher foi admitida no órgão antes do casamento.