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Estado de Minas

Exposição ao risco independe de classe


postado em 02/11/2008 08:45 / atualizado em 08/01/2010 04:06

Cristina Horta/EM/D.A Press
Vivendo no Bairro Cruzeiro, as universitárias Tayra, Gabriela e Angélica investem na carreira e não planejam filhos para tão cedo
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De acordo com a pesquisa da PUC Minas, tanto as meninas de bairro quanto as de favelas se igualam em uma situação: usaram preservativos na primeira relação e a maioria das entrevistadas não usou na última. “É uma realidade muito preocupante entre essas jovens, que deixam de se proteger, ou porque confiam demais no parceiro, ou porque o companheiro exige que elas deixem de usar camisinha”, avalia Mônica Maia, acrescentando que mulheres de classe média geralmente usam uma estratégia para se “prevenir” da Aids: pedem ao namorado um teste de HIV.

Foi justamente um teste desse tipo que deixou Tayra Teixeira, de 23 anos, uma das meninas da República 102, no Bairro Cruzeiro, mais confiante no namoro, que dura há mais de um ano. “Tomo pílula, mas não usamos camisinha.” Vilane e Liliane, do Cafezal, confessam que nunca usaram preservativo nas relações. “Homem não gosta disso, não. Quando eu me lembrei de usar, já estava grávida”, diz Vilane. Segundo as amigas, não falta informação e muito menos acesso à camisinha. O motivo da rejeição é muito mais o “fato de agradar e ter mais prazer na relação”.

“É um processo cultural mais difícil de romper. Independentemente da classe social, elas não enxergam uma relação entre sexualidade e perigo. As propagandas que tratam do assunto também não são diretas, pelo contrário, aparecem na época do carnaval e o sentido é apenas para evitar a gravidez”, analisa a cientista social Lúcia Lamounier.

A pesquisa ainda revela que, em relação ao estado civil, entre as moradoras dos bairros, apenas 2% das jovens estavam casadas ou unidas no momento da entrevista. Entre as moradoras das favelas, apesar de a maioria ainda ser solteira (75%), há uma proporção muito maior de mulheres que estavam ou estiveram em união estável: 17% estavam unidas, 6% casadas, 2% separadas ou divorciadas e houve um caso de uma jovem viúva.


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