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Estado de Minas

Samu utiliza tecnologia para agilizar atendimento


postado em 01/11/2008 09:01 / atualizado em 08/01/2010 04:08

Cristina Horta/EM/D.A Press - 1/7/08
Durante transporte de pacientes, paramédicos do Samu vão se comunicar e repassar dados para equipe do hospital
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A tecnologia de comunicação online já está incorporada ao serviço de urgência médica de Belo Horizonte. A exemplo da Fórmula 1, que usa a telemetria para diagnosticar problemas nos carros a distância, um sistema semelhante de monitoramento está em fase de teste. Mas ao contrário da análise de conjuntos mecânicos, pessoas é que vão ter seus dados clínicos coletados e enviados por meio de equipamentos de telecomunicação, durante o transporte nas ambulâncias. “Teremos ganho de tempo e qualidade a favor da vida”, explica a médica Alaneir de Fátima Santos, da equipe de coordenação do projeto.

Oficialmente o programa de teleurgência será lançado na manhã da segunda-feira pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Belo Horizonte. Porém, um projeto piloto está em funcionamento há 40 dias em duas ambulâncias e no Hospital Universitário Risoleta Tolentino Neves (Pronto-Socorro do Venda Nova). A iniciativa é uma parceria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Secretaria Municipal de Saúde, dando continuidade a outros programas do uso da tecnologia de comunicação a distância a favor da medicina.

O diretor do Hospital Risoleta Neves, Joaquim Antônio César Mota, explica que nessa primeira fase do projeto, os dados do monitoramento clínico e do eletrocardiograma têm sido enviados pelo sistema online. “São duas ambulâncias do Samu que, quando resgatam pacientes nas regiões próximas e os encaminham ao hospital, repassam dados como pressão arterial, entre outros, que facilita e qualifica o atendimento de nossa equipe. Nesse período experimental, mesmo sem o envio de imagens, temos uma avaliação positiva do sistema”, explica César Mota.

A médica Alaneir Santos prevê que em três meses todos hospitais da rede de urgência ligadas ao Samu de BH devem estar integrados ao programa. As ambulâncias do sistema – 25 do suporte básico (USB) e cinco do suporte avançado (USA) – devem estar equipadas somente em oito meses. Atualmente, os equipamentos são testados em um veículo de cada categoria.

“No suporte avançado, voltados para os casos de maior gravidade, em que as ambulâncias contam com médicos e equipamentos próprios de um bloco cirúrgico ou UTI, o programa de telemetria possibilita um ganho de diagnóstico. No suporte básico, a equipe de paramédicos terá um aumento da qualidade do atendimento”, diz a médica. Alaneir destaca ainda que o teleurgência vai além de uma triagem, já que possibilita o diagnóstico e a intervenção no ambiente, já que médicos da central do Samu e dos hospitais acompanham em tempo real o quadro do paciente durante o transporte.

EXPERIÊNCIAS Antes do lançamento do programa, na segunda-feira, no auditório da Faculdade de Medicina, na Avenida Alfredo Balena, será realizada uma videoconferência com especialistas de países que são referência em serviços de teleurgência. O diretor do Instituto Europeu de Telemedicina, Louis Lareng, vai falar sobre o "Desenvolvimento da telessaúde no mundo". O diretor médico do Samu francês, Claude Lapandry, falará sobre a "Utilização de ultrassonografia no Samu de Paris, França". E o responsável pela unidade de telemedicina de Caiena, na Guiana Francesa, Thierry Le Guen, falará sobre a experiência de seu país.


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