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Estado de Minas

BHTrans cria mais 769 vagas de estacionamento rotativo


29/10/2008 06:33 - atualizado 08/01/2010 04:08

Rua Bernardo Guimarães, esquina com Piauí, que tinha vagas livres, terá o modelo pago, com permanência máxima de cinco horas
Rua Bernardo Guimarães, esquina com Piauí, que tinha vagas livres, terá o modelo pago, com permanência máxima de cinco horas (foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press)

A partir de quinta-feira, os motoristas de Belo Horizonte devem ter atenção ao estacionar em 21 quarteirões no entorno da região hospitalar e do Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul. A BHTrans implantou o sistema rotativo de veículos em mais 769 vagas da área e alterou o tempo de permanência de outras 844. A medida, relacionada a um dos temas mais polêmicos do debate entre os candidatos – o trânsito –, é tomada três dias depois da definição das eleições para a prefeitura da capital mineira. A previsão é de que sejam criadas 4 mil novas vagas por dia.

Com as novas mudanças, a cidade passa a ter 14.398 vagas de estacionamento rotativo. O sistema é adotado, principalmente, na Região Centro-Sul. Do total, apenas 277 estão localizadas fora da área – no Barreiro, Venda Nova e na Floresta, na Região Leste. Segundo o gerente de estacionamento rotativo da BHTrans, Sérgio Rocha, as medidas foram implantadas por se tratar de uma das áreas de maior circulação diária de veículos. “A região é bastante saturada. Por causa dos hospitais, várias clínicas e laboratórios são situados por ali e, diariamente, as pessoas precisam se deslocar”, afirma.

São dois os tipos de alterações: criação de novas áreas de rotativo, com duas ou cinco horas de permanência, e aumento ou redução no tempo de limite para manter o carro na vaga. As principais modificações serão feitas nas ruas Ceará, Bernardo Guimarães, Aimorés, Piauí, Bernardo Monteiro e Gonçalves Dias, que passam a contar com o rotativo. O objetivo, alega a empresa, é reduzir significamente as filas duplas e o estacionamento em locais proibidos.

De acordo com Rocha, as alterações não têm relação com o período eleitoral e lembra que em setembro já haviam sido criadas outras 627 vagas entre as ruas Manaus, Padre Rolim, Grão-Pará e dos Otoni, na região hospitalar. “A frota de carros aumenta sem controle e cada vez é mais difícil estacionar em determinadas áreas. Quem chega mais tarde para trabalhar não encontra vaga. É o preço pago pelo modelo de tráfego que dá prioridade aos carros. O rotativo permite que várias pessoas ocupem o mesmo espaço”, explica o gerente.

Custo alto

A oficial de Justiça Adriana de Moura Fuly, de 44 anos, sabe bem os problemas criados pelo sistema de estacionamento rotativo. Apesar de precisar ficar pouco mais de 30 minutos no Tribunal Regional do Trabalho, na Avenida Getúlio Vargas, ela tem de pagar o valor integral, sendo que poderia ficar na vaga por até cinco horas. “É bastante relativo. Não se acha onde parar, mas o custo é muito alto. A solução seria o projeto eletrônico”, reclama a motorista, que roda com dois talões de rotativo no carro e, diariamente, usa pelo menos quatro folhinhas.

Para visitar a casa de clientes, o técnico em eletrônica Alexandre Magno, de 26, gasta cerca de R$ 12 com estacionamento rotativo. O preço da visita é R$ 30, dividido entre ele e a empresa, e R$ 2,40 da parte que lhe cabe é destinado à BHTrans ou é obrigado a correr o risco de ser multado e ter o carro rebocado. “Já pago vários impostos e, ainda por cima, tenho de arcar com mais uma taxa”, lamenta.


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