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Estado de Minas

Obras viárias e urbanísticas começam a ficar prontas em BH


postado em 28/10/2008 06:36 / atualizado em 08/01/2010 04:08

 Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, intervenção no Aglomerado da Serra vai beneficiar os cerca de 50 mil moradores da comunidade(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, intervenção no Aglomerado da Serra vai beneficiar os cerca de 50 mil moradores da comunidade (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Passada a eleição municipal, os moradores de Belo Horizonte voltam as atenções para o canteiro de obras que ocupa nove regiões da cidade. São pelo menos 155 empreendimentos em andamento, sendo 93 do Orçamento Participativo (OP) tradicional e outros sete do Orçamento Participativo Digital (OPD), segundo balanço da Sudecap e Urbel. O prefeito Fernando Pimentel (PT) promete inaugurar importantes intervenções antes de transferir o cargo para o socialista Márcio Lacerda (PSB), como a revitalização do primeiro quarteirão da Avenida Amazonas, entre as ruas da Bahia e Espírito Santo, que ficará pronta em dezembro, e o complexo de viadutos da Lagoinha, que deve ser entregue em novembro. Já o sucessor será responsável pela conclusão de outros grandes projetos. É o caso do Vila Viva do Aglomerado da Serra, orçado em R$ 198 milhões, e o da Vila São José, com custo de R$ 115 milhões, que serão totalmente executados em 2010.

O Vila Viva abrange ainda outros quatro aglomerados: Morro das Pedras, Taquaril, Pedreira Prado Lopes e Califórnia. Cerca de 125 mil pessoas moram nesses locais, o que, segundo a Urbel, corresponde a 25% dos quase 500 mil habitantes das favelas da capital. O foco do programa é a urbanização, mas o projeto também reserva ações para a inclusão social e de proteção ao meio ambiente. O Vila Viva não beneficiará apenas as famílias de classe social baixa: o empreendimento da Serra, por exemplo, será importante para o trânsito, pois os operários já abrem a Avenida Cardoso, que ligará a Avenida Mem de Sá, no Bairro Santa Efigênia, à Rua Capivari, na Serra.

Na prática, a via vai encurtar o caminho entre as regiões Leste e Centro-Sul, oferecendo aos motoristas um caminho que evita o pesado tráfego do hipercentro. A nova avenida terá 1,7 quilômetro de extensão e duas pistas, com 16 metros cada, e dois viadutos. O Vila Viva da Serra, orçado em R$ 198 milhões, recebe verba da prefeitura e financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa Econômica Federal. Parte do investimento será usado na construção de 1 mil apartamentos, 272 dos quais já foram entregues a famílias do aglomerado.

“Morava num barraco, com minha mãe e irmã, construído em área de risco. Na antiga casa, tínhamos que sair toda vez que chovia. Perdemos geladeira, fogão e outros móveis. Hoje, estamos bem melhor”, diz Neide Aparecida da Silva, de 38 anos, que não esconde a lembrança de quando morava na encosta de um barranco. Suas vizinhas Taimara Lino Ferreira, de 20, e Fabiana Cristina de Almeida da Silva, de 17, também receberam um apartamento.

“Estou desempregada. Meu marido ganha um salário mínimo como servente. Temos uma filha de 2 anos. Não iríamos conseguir comprar um apartamento desses, de dois quartos. Nossa vida está bem melhor”, comemora Taimara. Ela e as amigas já viveram muitos dramas, pois moravam em encostas de barrancos. A Urbel executa atualmente 185 obras de pequeno porte para erradicar as áreas de risco. Essas ações não fazem parte da cartela de 155 empreendimentos, pois estão incluídas no Programa Estrutural em Área de Risco (Prear).

Avenidas

Obras viárias importantes, como a duplicação da Antônio Carlos, também fazem parte do cronograma de empreendimentos que serão concluídos. O alargamento do trecho entre a trincheira da Avenida Bernardo Vasconcelos e a Rua Aporé deve ser concluído em dezembro, mas a duplicação total, que vai até o Centro, só deve ficar pronto em 2011. A revitalização do quarteirão da Amazonas, entre as ruas Espírito Santo e Bahia, por sua vez, deve ser entregue à população nos últimos dias de 2008. Assim como as intervenções no entorno do Mercado Central e as obras viárias do Complexo da Lagoinha.


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