(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Em quatro meses de Lei Seca, 375 foram detidos nas estradas mineiras


postado em 22/10/2008 07:18 / atualizado em 08/01/2010 04:09

Polícia Rodoviária Federal avisa que rigor na fiscalização não terá trégua(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press - 6/7/08)
Polícia Rodoviária Federal avisa que rigor na fiscalização não terá trégua (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press - 6/7/08)
Os efeitos da Lei Federal 11.705, mais conhecida como Lei Seca, que desde 20 de junho determina tolerância zero com relação ao consumo de bebida alcoólica por motoristas, não têm sido fator predominante para conter a violência nas estradas brasileiras, principalmente em Minas Gerais, estado que tem a maior malha rodoviária federal, com cerca de 10 mil quilômetros. Em quatro meses de vigência da legislação, relatórios da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que no país foram 3.655 reprovações no teste do bafômetro, mais de 30 por dia. Nas BRs mineiras, foram 524 atuações, das quais 375 resultaram em prisões de condutores embriagados, ou seja, média superior a três detidos diariamente. De positivo, o balanço nacional da PRF traz a redução das mortes em 5%, em comparação com igual período de 2007, porém, com crescimento de 10% dos acidentes. No estado, foram 379 mortes nos últimos quatro meses, contra 380 do ano passado, e 7.280 acidentes contra 6.569, também com crescimento superior a 10%.

Uma rápida análise dos dois primeiros meses da Lei Seca nas estradas de Minas, comparados aos dois últimos, demonstra redução do número de motoristas flagrados. Depois das 314 autuações e 202 prisões no primeiro bimestre, no seguinte foram 210 condutores autuados e 173 presos. O inspetor Matheus Horta Diniz, do setor de comunicação da PRF mineira, garante que não houve relaxamento da fiscalização. “Temos agido com o mesmo rigor. A violência nas rodovias, porém, não pode ser expressa apenas no fator Lei Seca, mas na conscientização dos motoristas”, explicou.

Matheus Diniz admite que nos dois primeiros meses da lei foi observada uma redução significativa das mortes em acidente. “Acredito que naquele primeiro momento houve um susto e muitos motorista cumpriram com rigor o que estabelece a legislação. Mas, passado esse primeiro choque, vieram as discussões priorizando a questão do entretenimento, em relação à segurança. Assim que vierem as primeiras suspensõs definitivas do direito de dirigir, com os julgamentos dos processos administrativos, podemos ter uma nova onda de medo. É uma pena, pois a lei deveria conscientizar a todos sobre os perigos de se dirigir depois de beber, e não impor o medo.”

A fiscalização em Minas deve se intensificar a partir do próximo mês, não somente na rodovias federais. De acordo com o major Edson Lourenço Santos, da Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito da Polícia Militar, a corporação vai contar com 141 bafômetros, de 176 adquiridos com recursos estaduais. Batalhões e unidades da Polícia Rodoviária Estadual vão receber os aparelhos para fiscalização em todo o estado. Somados a esses, o governo federal já anunciou a aquisição de 10 mil equipamentos para serem distribuídos às unidades estaduais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)