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Estado de Minas

Tesouros arqueológicos podem voltar da Dinamarca


postado em 21/10/2008 07:56 / atualizado em 08/01/2010 04:09

Turistas na Lapinha, onde foram achadas peças enviadas para a Europa(foto: Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press - 14/6/08)
Turistas na Lapinha, onde foram achadas peças enviadas para a Europa (foto: Pedro Motta/Esp. EM/D.A Press - 14/6/08)
Minas Gerais poderá ter de volta parte de seus tesouros arqueológicos, que hoje estão no Museu Real da Dinamarca. A expectativa é de que, dentro de um ano e meio, alguns dos 12 mil fósseis levados para Copenhague, no século 19, pelo paleontologista Peter Lund (1801-1880), possam ser admirados por brasileiros e estrangeiros em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para fortalecer o entendimento sobre a transferência desse patrimônio cultural, chega hoje, às 9h30, a Lagoa Santa, o cônsul geral da Noruega e presidente da Câmara de Comércio dos dois países escandinavos, o dinamarquês Jens Olesen. Ele será recebido pelo secretário estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), José Carlos Carvalho, pelo secretário-adjunto de Turismo, Robson Napier, e pelas autoridades locais.

A expectativa é grande em Lagoa Santa, diz o chefe do setor municipal de patrimônio turístico e cultural, Roberty Lauar: “O nosso desejo é de que, já em 25 de maio de 2010, quando vamos lembrar os 130 anos da morte do ‘pai da paleontologia brasileira’, as peças possam ser vistas num centro de exposição e receptivo turístico. Ele deverá ser construído, numa parceria da prefeitura e governo do estado, ao lado da Gruta da Lapinha, um dos sítios estudados por Lund”. Ele destaca que o mais importante desse acervo é ter a impressão digital do paleontólogo, que viveu na região durante 40 anos e está sepultado em Lagoa Santa. De acordo com informações da Semad, a construção do receptivo ainda está em fase de concepção e planejamento.

A idéia, segundo o chefe municipal do patrimônio, é de que o acervo exposto na Dinamarca seja enviado para Minas, num sistema de comodato, por um período de 30 anos. As peças, que incluem ossadas (humanas e de animais) de milhares de anos foram, gradativamente, desapachadas por Lund para Copenhague, ao lado de mobiliário, como escrivaninhas. “O cônsul Jens Olesen já conversou com as autoridades dinamarquesas, inclusive com o ministro da Cultura. Eles aceitaram fazer a transferência, mas precisamos de um local adequado para receber os fósseis”, afirma Lauar. Esta seria, disse, a primeira vez que tal acervo viria para o Brasil.

Enquanto as peças não chegam, Lagoa Santa vai ganhar um presente, enviado pela Dinamarca. Trata-se de um monumento de 1,90m de altura, em mármore italiano, pesando uma tonelada e esculpido pelo artista Jesper Neegaard. A homenagem vai ficar ao lado do túmulo de Lund, no Centro de Lagoa Santa, sendo inaugurada em 25 de maio próximo.


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