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Estado de Minas Moda

Você deve ter no armário

Tendências retornam com gosto dos alegres anos 2000


21/11/2021 04:00

Desfile
Lanvin (foto: AFP/Divulgação)


Houve tempo em que seguir o que as capitais da moda lançavam em cada temporada era uma necessidade premente da mulher brasileira. Aparecer em uma reunião social usando uma tendência forte mostrada em uma passarela de Paris, Nova York, Londres ou Milão era uma certidão de elegância e poder. Usar um tailleur de cintura muito marcada e saia rodada, parando no meio da perna, o famoso “bar” que Christian Dior lançou quando as tendências voltaram depois da Segunda Grande Guerra, um tailleur de tweed criado por Chanel, acompanhado de colares e mais colares de pérolas, ou uma saia curtíssima de Mary Quant, que marcou uma reviravolta total no estilo de roupa feminina, era uma necessidade.
 
Roupa
Valentino (foto: AFP/Divulgação)
 
 
O tempo foi passando, as distâncias ficando cada vez mais curtas, a internet colocou na mão de todas as mulheres interessadas em se vestir o que vestir, na mesma hora em que as novas criações apareciam nos grandes desfiles. Com isso, e com os mercados de importação abertos, os estilos mais marcantes não só se popularizaram como rodam pelo mundo.
 
Atualmente, com os cordões das bolsas apertados pela inflação e o sumiço das costureiras, que criavam as novidades com um pé nas costas, o que estava sendo desfilado, as coisas mudaram completamente. E os criadores seguem essas modificações criando coleções que em sua maioria se baseiam tem temas que já foram up-to-date. Isso cria uma novidade para quem gosta de moda. Procurar no armário modelos que foram guardados porque eram muito bons ou muito caros é bem atual. Essas roupas estão voltando totalmente ao uso normal. Basta criatividade e inteligência para entrar na moda com roupas guardadas, mas que estão de novo na última moda. As últimas coleções mostraram isso, claramente.
 
Short
Miu Miu (foto: AFP/Divulgação)
 
 
Os lançamentos recentemente encerrados deixaram claro alguns retornos, como as cores vibrantes, a pele à mostra, a cintura baixa, como se viu em Chanel, Dior, Yves Saint Laurent; fendas,tops, recortes assimétricos e comprimento míni reforçam as criações de verão da Miu Miu. Até grifes como Dior, que sempre optou por apresentar propostas sóbrias, embarcou na tendencia da “moda dopamina”, que está chegando para ficar.
 
Contudo, diferentemente das semanas de moda de Nova York e de Milão, a Paris Fashion Week apostou em uma cartela de cores com tons mais frios. Assim, as cores que mais fizeram sucesso nas passarelas foram o laranja, amarelo neon, vermelho e principalmente o roxo, cor que já vinha surgindo em outras semanas de moda, mas que explodiu em Paris. Grifes como Lanvin, Isabel Marant, YSL e, principalmente, Valentino trouxeram o roxo para as passarelas. A cor surgiu em vestidos, macacões, ou compostos com outras cores igualmente vibrantes. O roxo foi uma das cores que mais surgiram nas passarelas. A maison italiana Valentino apresentou várias propostas com a cor. O vermelho também foi destaque em grande parte das apresentações.
 
Vestido longo
Dior (foto: AFP/Divulgação)
 
 
É claro que as estampas também estiveram presentes durante a PFW 2021. Assim, as clássicas como o poá, listras coloridas e também as tradicionais preta e branca foram apostas de grifes como Dior, Chanel e Louis Vuitton. Contudo, o destaque vai para a animal print, que marcou presença nos desfiles da Dior, Valentino e outras e que já chegou com força nas criações brasileiras. Além disso, estampas primaveris como a floral liberty e maxi também vieram em vestidos, camisas, saias e casacos. Valentino apostou no romantismo do floral e na ousadia da animal print, revisitando algumas peças do passado da grife. As listras coloridas também surgiram em vários desfiles. A sensualidade feminina, há muito tempo velada devido ao isolamento social, também apareceu em peças com tecidos leves, fluidos e que deixavam partes estratégicas do corpo à mostra. Assim, as saias, vestidos e camisas transparentes surgiram não só na passarela, como também apareceram no street style. Outro tecido desaparecido que está de volta, e é a cara do verão, a renda apareceu em peso em várias etiquetas, como em Valentino, que trouxe o tecido principalmente em camisas e vestidos. Já Louis Vuitton usou o romantismo do tecido para propor uma viagem aos séculos passados.
 
Depois de um longo reinado do longo e do mídi, chegou a vez de as saias e vestidos acima dos joelhos saírem de nossos armários. Assim, nesse mood de deixar as pernas de fora, a icônica minissaia voltou com tudo e apareceu na grande maioria dos desfiles das semanas de moda. Além das saias, o comprimento míni também surgiu nos vestidos e shorts. Contudo, o destaque também ficou por conta dos blazers, que foram usados como única peça do look. Grifes como Chanel e Balmain usaram blazers oversized e alongados em uma proposta sexy e moderna de usar esse clássico. E sendo assim, já se pode sentir o retorno dos anos 2000. Como, por exemplo, uma tendência polêmica dessa época que apareceu nos principais desfiles da semana de moda: a cintura baixa. Bem como, para o verão, calças, shorts e saias que apareceram com o cós abaixo do umbigo, encerrando ou não, o longo reinado da cintura alta.
 
Uma tendência forte e mais do que bem-vinda é a da camisa feminina, que é, sem dúvida, um dos maiores clássicos do nosso guarda-roupa. Assim, a camisaria veio em peso, tanto nos desfiles quanto no street style. Elas aparecerão nas mais variadas cores, estampas e também em tecidos transparentes. A Dior foi uma das grifes que apostaram muito na camisa feminina, tanto como sobreposição ou em tecidos transparentes combinados com minissaia, mas sempre com o colarinho fechado. A Valentino também trouxe a camisaria para as passarelas.


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