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Estado de Minas Londres

Tendência forte: quebrar padrões

Profissionais do setor de moda londrinos esperam colaborar com 132 bilhões de libras para a economia do país


10/10/2021 04:00

London Fashion Week
Mark Fast (foto: Tolga Akmen / AFP)

 
Após várias apresentações on-line devido à pandemia, os desfiles londrinos foram retomados na Semana de Moda de Londres, uma edição marcada pelo otimismo da indústria após o levantamento de grande parte das restrições contra o coronavírus. A programação dos cinco dias incluiu 28 desfiles com estilistas consagrados, como o britânico Edward Crutchley, a sérvia Roksanda e a irlandesa Simone Rocha, cuja marca celebra o seu 10º aniversário. O designer de moda Saul Nash, de 28 anos, abriu o evento com uma mostra de coleção de roupas esportivas explorando sua adolescência em Hackney, um bairro popular do Nordeste de Londres.
 
London
Bora Aksu (foto: Tolga Akmen / AFP)
 
 
Esse criador, também bailarino e coreógrafo, colocou a liberdade de movimentos no centro das suas criações com peças fluidas com mangas e capuzes removíveis. Parte integrante do uniforme escolar britânico, a camisa de manga curta é reinventada com inserções em tecido respirável e zíper para um visual chique e casual. Num estilo completamente diferente, os vestidos bufantes do estilista britânico Edward Crutchley, em verde anis ou com estampas florais, mostram o glamour da temporada primavera-verão 2022. Os tecidos brilham e o luxo é evidente.
 
Desfile
Molly-goddard (foto: Tolga Akmen / AFP)
 

Talentos emergentes Enquanto alguns estilistas voltaram às passarelas, outros preferiram apresentar suas coleções apenas com hora marcada, como Emilia Wickstead e Molly Goddard, ou em vídeos, vistos na plataforma Fashion Week, lançada em junho de 2020 para se adaptar à situação sanitária. Michael Halpern, estilista americano de 32 anos, apresentou um curta-metragem rodado na Royal Opera House com sua coleção de vestidos com lantejoulas, penas e drapeados, usados por bailarinos, que, após uma ausência de mais de um ano, voltarão a receber o público no próximo mês.
 
Fashion Week
Roksanda (foto: Tolga Akmen / AFP)
 
 
A Semana de Moda contou com a participação de 131 marcas. Em fevereiro, o evento foi realizado em formato 100% virtual, já que os desfiles com público foram proibidos com o país enfrentando seu terceiro confinamento. Desta vez, "o evento internacional volta para marcar a tão esperada reabertura cultural de Londres", afirmou o British Fashion Council, que representa a indústria da moda e organiza o encontro.
 
Entre os talentos emergentes deste ano destacaram-se a estilista albanesa residente em Londres Nensi Dojaka, fundadora da marca homônima, que apresentou seu primeiro desfile nesta Semana. Formada na prestigiosa escola de moda Central Saint Martins, em Londres, a estilista de 27 anos ganhou o prêmio LVMH 2021 para jovens talentos durante os lançamentos. Seus vestidos pretos "nuisette" com detalhes gráficos conquistaram o júri.
 
O canadense Mark Fast, especialista em tricô, ocupou um estacionamento em Soho, no coração da capital, para um desfile em homenagem ao 'underground' londrino dos anos 1990. No desfile, destacaram-se vestidos ultracurtos e adornados com correntes. Fã das cores neon, o estilista expandiu sua paleta para tons pastel. As jaquetas jeans eram desbotadas ou pintadas a mão em estilo grafite. A marca afirmou ter vivenciado um "crescimento considerável" no último ano, abrindo lojas em Pequim, Chongqing e Hong Kong.
 
A indústria da moda britânica, que empregava cerca de 890.000 pessoas em 2019, espera se recuperar após a pandemia. Segundo dados da Oxford Economics para a Federação das Indústrias Criativas e da Federação da Inglaterra Criativa, "com o investimento certo" o setor criativo pode se recuperar mais rápido do que a economia britânica como um todo. O estudo prevê que o setor cresça mais de 26% até 2025 e contribua com 132 bilhões de libras (R$ 963,91 bilhões) para a economia britânica, 28 bilhões de libras a mais que em 2020. Em julho, a Burberry anunciou que suas vendas no primeiro trimestre haviam retornado aos níveis anteriores à pandemia. No entanto, as vendas na Europa continuaram sofrendo devido à falta de turistas.
 
 


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