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Estado de Minas entrevista/Henrique Moraes Salvador Silva - 63 anos, presidente da Rede Mater Dei de Saúde

Receita de sucesso

Médico é homenageado como um dos 100 mais influentes na saúde da década


11/07/2021 04:00 - atualizado 09/07/2021 16:08

(foto: João Sal/Divulgação)
(foto: João Sal/Divulgação)

 

O presidente da Rede Mater Dei de Saúde, Henrique Moraes Salvador Silva, acaba de ser homenageado como uma das 100 personalidades mais influentes da última década no segmento saúde. O evento 100 Mais Influentes da Década é promovido pelo Grupo Mídia uma vez a cada década. Responsável pelas principais revistas do setor da saúde, como a Healthcare Management, HealthARQ e Health-IT, o Grupo Mídia realizou em 1º de Julho a 8ª edição deste evento solene. Conhecido como o Oscar da Saúde, o evento evidencia e homenageia empresários, pesquisadores, autoridades públicas, executivos e profissionais que fizeram a diferença contribuindo com a área da saúde nos últimos 10 anos. Henrique Salvador fala sobre ser homenageado como uma das personalidades mais influentes da última década e o que isso representa para ele como médico e presidente de uma rede de saúde de excelência: “Dedico esse prêmio a toda a Rede Mater Dei de Saúde. Somos uma comunidade unida pela missão do compromisso com a qualidade pela vida, com o objetivo de cuidar e servir aos nossos pacientes, tendo sempre a ética, o respeito, a excelência e a humanização como parte desse cuidado com a saúde.”

 

"Procurei fazer uma carreira bastante profunda e muito ampla na medicina e na gestão à qual eu me dedico. Sem dúvida alguma, a pessoa que mais me inspira é o meu pai"

 

 

Como é conduzir os quatro hospitais da Rede Mater Dei de Saúde?

É um grande desafio gerir os quatro hospitais, mas também é um grande prazer perceber que a gente faz isso apoiado por muitos profissionais diferenciados, muito competentes, em vários níveis da gestão da Rede Mater Dei de Saúde. Ninguém faz nada sem apoio, sem uma equipe, ninguém constrói nada que seja longevo que não seja junto com outras pessoas e isso a gente vive na prática todos os dias na Rede. Todos os nossos hospitais são certificados pela Joint Commission International (JCI), o que é um grande diferencial, uma vez que essa é a maior certificadora de qualidade de hospitais do mundo.

 

Como está sendo a abertura de capital? Quais os planos para um futuro próximo?

A abertura de capital trouxe para a Rede Mater Dei alguns desafios importantes. Tivemos que criar algumas estrutura para poder nos relacionar com o mercado de uma forma diferente; obviamente que aquilo que é essência da Rede Mater Dei de Saúde continua como sempre esteve, uma proximidade muito grande com os pacientes, com as famílias, com os médicos, com os colaboradores, com as operadoras de plano de saúde, com as empresas. 

Tivemos que criar uma área de relacionamento com os investidores, temos que prestar conta de tudo aquilo que a gente faz trimestralmente, principalmente sobre o aspecto econômico-financeiro, porque os investidores querem saber o que está acontecendo na Rede, mas nós sempre tivemos uma postura de relacionamento de muita transparência com os stakeholders, com as partes interessadas no nosso negócio. É um desafio, mas nós estamos cumprindo esse desafio.

Certamente, estamos olhando a aquisição de alguns hospitais importantes no Brasil, em algumas regiões, como por exemplo o Norte, Centro- Oeste, na Região Nordeste. Deveremos avançar para outras capitais, seguimos o nosso plano de negócios para que a gente possa cumprir o que foi prometido no IPO.

 

Quais foram os principais aprendizados adquiridos ao gerir três hospitais durante a pandemia?

A pandemia ensinou muita coisa pra gente, inclusive o exercício da humildade, a gente começa a perceber que o bem mais valioso que a gente tem é a saúde, e que sem saúde nada mais faz sentido. A Rede Mater Dei de Saúde procurou apoiar pessoas, famílias, empresas, operadoras de plano de saúde, a comunidade como um todo com projetos importantes que pudessem apoiar a população nesse momento. Aprendemos que é importante investir em estruturas de saúde que possam suportar o estresse que o sistema passa quando essas viroses ocorrem, abrimos mais leitos, contratamos mais pessoas, aprendemos que é importante também que a empresa tenha uma saúde financeira para suportar o es- tresse nesses momentos. Ademais, aprendemos o quanto é importante a solidariedade humana, ir além do que habitualmente a gente faz para prestar ao próximo um melhor atendimento e apoiá- lo no momento de maior dificuldade. Entendemos o quanto é importante que a liderança esteja próxima dos liderados e que fale a mesma linguagem para que haja um alinhamento de ações em torno de um único objetivo.Na verdade, foram muitos os ensinamentos e ainda estão sendo, uma vez que a pandemia ainda está em curso.

 

Como gestor, médico e pai de família, como concilia o profissional e o pessoal mantendo os cuidados com a saúde física, mental e emocional na rotina?

Quando somos motivados por um sonho, quando a gente acredita muito naquilo que a gente faz e percebe que aquilo que fazemos está trazendo impacto importante e positivo para  o meio ambiente onde a gente está inserido, esse é um grande fator motivador. Sempre procurei conciliar as diversas vertentes da minha vida, equilibrando um pouco todas essas funções que eu tenho, e como eu faço todas com muito amor, com muita dedicação, acaba que isso é muito prazeroso pra mim também e muitas vezes o cansaço físico é superado pela vontade de realizar aquilo que precisa e pode ser realizado. Eu faço atividade física, cuido de mim, da minha saúde mental e emocional e procuro ter momentos de lazer com a minha mulher, meus filhos e a minha família, de tal maneira que posso equilibrar esses diversos aspectos da vida.

 

Compartilhe um pouco sobre sua caminhada e história até alcançar o sucesso profissional. Quais foram as pessoas que mais o inspiraram? 

Eu me formei em medicina e estudei também administração de empresas, sempre tive uma carreira dupla, médico e gestor, sempre procurando me aprofundar muito e me qualificar muito nessas duas vertentes da minha atuação profissional. Formei-me na UFMG, fiz residência em ginecologia e obstetrícia, depois fui para a Inglaterra e fiz uma formação grande na mastologia. No exercício da medicina, procurei me diferenciar nas diversas faces que a medicina pode oferecer pra gente. Então, procurei me dedicar muito às minhas clientes no meu consultório, exercendo a mastologia e uma ginecologia de muita proximidade com as pessoas que me confiavam a sua saúde. Procurei também me qualificar, sou professor livre-docente de ginecologia, editei muitos livros, publiquei muitos artigos científicos, participei de muitos congressos, procurando sempre uma qualificação profissional, procurei representar minha classe profissional, fui presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, vice-presidente da Associação Mundial de Mastologia, buscando sempre criar um networking na área da mastologia para que eu tivesse acesso àquilo que fosse mais moderno e mais atual no exercício da minha especialidade.

Na gestão da mesma maneira, nos aproximamos muito da Fundação Dom Cabral, inclusive hoje sou conselheiro do Conselho Curador da Fundação Dom Cabral, que sempre foi uma escola importante para nós e para os nossos colaboradores, fiz muitos cursos orientados pela Dom Cabral. Fui presidente da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) que é a principal instituição que congrega os maiores hospitais de qualidade do Brasil.

Procurei fazer uma carreira bastante profunda e muito ampla na medicina e na gestão à qual eu me dedico. Sem dúvida alguma, a pessoa que mais me inspira é o meu pai, José Salvador Silva, fundador da Rede Mater Dei, uma pessoa à qual devo muito do que consegui na minha vida, um orientador, um inspirador, que continua sendo com a sua sabedoria, muito importante para a Rede Mater Dei de Saúde.

 

Como médico mastologista e presidente de uma rede de saúde de excelência, o que está entre as 100 personalidades mais influentes da década representa?

“É extremamente gratificante receber essa homenagem e estar junto a outras personalidades para a saúde em nosso país. Esse reconhecimento evidencia anos de esforço e dedicação em prol de inovar e transcender na prestação de saúde com excelência e de forma humanizada. Dedico esse prêmio a toda a Rede Mater Dei de Saúde, somos uma comunidade unida pela missão do compromisso com a qualidade pela vida, com o objetivo de cuidar e servir aos nossos pacientes tendo sempre a ética, o respeito, a excelência e a humanização como parte desse cuidado com a saúde.”

 

Fale um pouco sobre o crescimento do Mater Dei para fora de Minas Gerais e a razão por ter escolhido a Bahia como o primeiro destino fora de Minas.

A Rede Mater Dei de Saúde é uma entidade de 41 anos, com tradição em Belo Horizonte e Minas Gerais, principalmente em Belo Horizonte, com o Mater Dei Santo Agostinho blocos I e II e o Mater Dei Contorno, e na região metropolitana da capital com o Mater Dei Betim-Contagem. Achávamos que estava na hora de a Rede Mater Dei de Saúde sair de Minas e levar um pouco da nossa cultura para outros locais. Escolhemos a Bahia, Salvador, porque acreditamos que a cidade tem algumas características que são muito atrativas. A primeira: é a porta de entrada para o Nordeste, a segunda: é uma das principais cidades do Brasil hoje; e a terceira: acreditamos que faltava em Salvador um hospital com as características que os hospitais da Rede Mater Dei têm, um hospital com uma estrutura muito diferenciada, muito bem localizado, com muita tecnologia embarcada, com humanização grande, inclusive com os todos os quartos com vista para o mar, com fluxos muito apropriados para um desenvolvimento da melhor medicina e da assistência e acolhimento das pessoas que procuram o hospital. 


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