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Restrições e preços salgam a Páscoa dos consumidores


28/03/2021 04:00

Queda inevitável: restrições de circulação e preço alto afastam consumidores (foto: Divulgação )
Queda inevitável: restrições de circulação e preço alto afastam consumidores (foto: Divulgação )

 
 
Símbolo da ressurreição para os católicos e de muito doce para a maioria da população, a Páscoa é considerada uma das datas mais importantes para o comércio varejista. Porém, as medidas de restrição de circulação e atividades adotadas nos últimos dias para conter a disseminação do coronavírus, preocupam a rede varejista. E, por sua vez, os consumidores que não abrem mão de comemorar a data estão de cabelo em pé. Não só pelas dificuldades de sair para comprar produtos relacionados à data, mas principalmente pela disparada dos preços dos ovos de Páscoa.
 
No mês passado, mesmo com a alta taxa de desemprego, o horário reduzido de funcionamento do comércio e as incer- tezas da economia, a expectativa era de crescimento no faturamento pouco acima de 30% em relação a 2020. Agora, com o endurecimento nas medidas de restrições de circulação e os reajustes elevados nos preços, a expectativa caiu para 15%. No ano passado, o setor vendeu 25% a menos que em 2019, segundo levantamento do CDL/BH. Mes- mo com a perda do poder de compra, o gasto médio por pessoa deverá ser de R$ 110, cerca de 10% acima de 2020. O comércio também impacta na baixa oferta de vagas temporárias.

AMARGO De acordo com informações da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os ovos de Páscoa estão em média 11% mais caros, enquanto os bombons e barras de chocolate subiram 10%. Segundo o órgão, a elevação no preço deve-se a múltiplos fatores: alta do dólar, que valoriza a cotação do cacau no mercado internacional, alta do plástico e do papel que emba- lam os doces, entre outros. Os ovos de chocolate de até 200 gramas – os mais tradicionais – li- deram a alta, com reajuste de 11,1% na comparação com o ano passado. Já a categoria de 201g a 500g está 10,9% mais cara, en- quanto ovos acima de meio quilo aumentaram 11% no valor. As caixas de bombons, que muitas vezes substituem os ovos por causa do preço mais em conta, estão 10,7% mais caras. Chocolates em barra sofreram reajuste de 9,9%. Nos anos anteriores, o reajuste variou entre 5% e 8%, segundo divulgou a Abras. 

EM CASA Para quem conseguir absorver o impacto dos preços, a saída pode estar no comércio on-line. Com os consumidores mais conectados, a melhor sugestão é receber em casa, usando a internet para pesquisa de preço e compra. Essa é a aposta das grandes marcas, que esperam minimizar as perdas nas vendas com ações assertivas. 
As promoções também serão intensificadas em todo o país. As grandes redes estão melhor adaptadas ao sistema de delivery e anunciam ações para ovos de Páscoa e demais produtos. Os shoppings sempre fazem promoções, também para venda on-line, como redução de 10% a 50%, de acordo com o produto, por exemplo. 

PESO Com tantos transtornos e queda inevitável nas vendas, as grandes marcas e os lojistas ainda enfrentam a concorrência dos produtos alternativos. Com menos dinheiro no bolso, o consumidor corre atrás dos produtores artesanais. E é cada vez mais intensa a entrada de empreendedores em busca de ganho sazonais. E, não resta dúvida, com o delivery fica mais seguro ir às compras e manter a tradição de adoçar o domingo de Páscoa, apesar dos preços indigestos. 


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