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Estado de Minas Arte Final

Campanha Mulheres da Dádiva eleva o tom contra desigualdade de gênero


07/03/2021 04:00

"O dia é da mulher, mas a luta é de todos. Essa não é uma data marcada por celebração, mas por luta. É o símbolo de uma batalha que travamos todos os dias por direitos. Buscamos hoje, sim, equidade de gênero – questão que nos é tão urgente e necessária –, mas algumas mulheres ainda batalham pela simples sobrevivência. E, o que é mais triste, dentro de suas próprias casas."
A reflexão é de Luiza Lugli Tolosa, criadora da campanha do Dia das Mulheres da cervejaria Dádiva, da qual é sócia-fundadora. Voz marcante no segmento dominado predominantemente por homens, as campanhas comandadas pela empresária têm como mote o protesto contra as desigualdades de gênero. Neste ano, a ação questiona o silêncio pernicioso da sociedade diante da violência doméstica contra a mulher, que, no último ano, aumentou ainda mais no cenário de isolamento social decorrente da pandemia.

IMPUNIDADE Muitas vezes, a mulher sofre violência doméstica e não sabe que vive uma situação de abuso. Em outras, ela tem conhecimento do fato, mas não denuncia seu agressor porque sente vergonha – já que é levada por ele a se sentir culpada – ou porque é dependente dele, emocional ou financeiramente. O medo do que pode acontecer ou de ser desacreditada pelas pessoas também pode ser um obstáculo para a denúncia. Mesmo em casos em que a denúncia é feita, abundam relatos de ineficácia em punir agressores ou prevenir novas agressões.

LUTA DE TODOS Para Luiza Lugli Tolosa, é preciso, portanto, deslocar a responsabilização: a denúncia é uma responsabilidade coletiva, não da mulher agredida. Quantas vezes as pessoas se calam diante de uma agressão física ou psicológica contra a mulher porque o agressor é alguém próximo (irmão, amigo, primo)? Quantas vezes se calam exatamente porque é algum desconhecido? Quantas vezes se calam porque não é "problema delas" ou porque "em briga de marido e mulher não se mete a colher"? Quantas vezes não culpam a vítima ou a rotulam como "dramática" ou "excessivamente sensível", naturalizando episódios de violência? 
 
"O machismo age de forma muitas vezes silenciosa e naturalizada socialmente. O que torna qualquer tipo de violência contra a mulher, seja ela psicológica ou física, um problema comunitário, uma responsabilidade de quem se cala diante disso. Essa é uma luta que deve ser travada por todos", explica Luiza. "O nosso objetivo com a campanha é chamar as pessoas à responsabilidade e oferecer informação para que se discuta o assunto, além de apresentar canais de apoio às vítimas", acrescenta Luiza.

AÇÃO O nome da campanha virá estampado na lata da cerveja e estará coberto por uma fita. A ideia é que quando a pessoa que comprou a lata tire essa fita, ela imediatamente entre em contato com o tema e o assunto seja colocado em pauta ali mesmo, na mesa do bar, ou em casa. Ao ver o rótulo, ele também será convidado a procurar sobre o tema nas mídias sociais – Instagram e Facebook – da cervejaria onde encontrará as informações sobre a campanha, conteúdo sobre violência doméstica e indicações de projetos que apoiam mulheres que passam por esse tipo de situação. As redes da Dádiva são: Instagram (@cervejariadadiva), Facebook (Cervejaria Dádiva) site            (cervejariadadiva.com.br) .


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