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Estado de Minas ARTE FINAL

Namorados em crise ganham esperança com flexibilização


postado em 24/05/2020 04:00

Mercado se movimenta para aproveitar o Dia dos Namorados com mais flexibilidade (foto: Leandro Curi /EM/D.A. Press)
Mercado se movimenta para aproveitar o Dia dos Namorados com mais flexibilidade (foto: Leandro Curi /EM/D.A. Press)

 
O início da flexibilização do comércio em Belo Horizonte abre nova perspectiva para o mercado publicitário. Mais uma data importante para o comércio se aproxima: o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, e com ele a esperança de dias melhores para o comércio. Porém, a crise econômica que derrubou o poder de compra da maioria dos consumidores, em consequência da pandemia do coronavírus, é a principal barreira para o setor. De acordo com dados do Ibre/FGV, as demissões, suspensões de contratos ou cortes de jornada e de remuneração já afetaram 53,5% das famílias brasileiras, percentual com tendência a subir. 
 
Mas apesar do dinheiro cada vez mais escasso no bolso do consumidor, o respiro pode vir da tradição da data e uma natural demanda reprimida pelo isolamento social. É verdade que o apelo comercial da data é bem menor que o do Dia das Mães. Por isso, marcas e serviços mais tradicionais devem aumentar suas publicidades, especialmente na semana que antecederá a data, para aumentar o desejo de consumo. Tudo, claro, vai depender do controle da transmissão do coronavírus. Se a disseminação voltar a subir, voltaremos ao isolamento. 

TRADIÇÃO Esse Dia dos Namorados, claro, vai ocorrer em circunstâncias muito diferentes de todos os outros. O consumidor está se adaptando ao cenário atual. Com o isolamento social e a recomendação expressa de ficar em casa, a perspectiva no resultado das vendas é de um abismo entre o crescimento registrado nos dois últimos anos. A "celebração do amor", diretriz usada por quase todos os publicitários em seus briefings de campanhas, neste ano, vai exigir muito mais criatividade para aquecer os corações até mesmo dos mais apaixonados. Aquelas ações tradicionalmente usadas, como encontros românticos, jantares, viagens, entre outros, desta vez, terão que ser substituídas. Será preciso montar uma estratégia de guerra para contornar as dificuldades e estimular os consumidores. 

ALTERNaTIVAS O e-commerce, com expressivo aumento desde o início da pandemia, em março, deve continuar na dianteira. E, com certeza, abocanhará a maior parte dos investimentos em publicidade. O sistema delivery também se manterá à frente entre os serviços. Segmentos de beleza e higiene, vestuários, floriculturas, eletrônicos, que normamente têm preferência na data, sofrerão menos com a restrição, mesmo com um pouco mais de liberdade no comércio. Então, como acessar esses consumidores em seus lares passou a ser o grande desafio para os publicitários. 
 
Em busca de opções de produtos e serviços, o público se mantém mais conectado. Pesquisa da Opensignal, empresa de análises móveis, mostra que o tempo de atividades on-line cresceu 8,1% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado. O volume de compras também aumentou, totalizando R$ 24,5 milhões, representando 98% em relação a 2019, segundo dados do movimento Compre & Confie. O levantamento da Opensignal indicou também que cerca de 60% desses consumidores têm passado o tempo ouvindo música, 40% em busca de jogos mobile, e 24% por descontos na internet. 

PROPÓSITO Com base nessas pesquisas e outros dados é possível ser mais assertivo na comunicação e na implantação de estratégias de vendas. O momento exige novas abordagens, formatos mais interativos e lúdicos, posturas mais empáticas das marcas. De acordo com levantamento da Kantar, em março, a população brasileira espera que as marcas sejam mais engajadas e úteis no combate ao coronavírus, sendo que 21% dos entrevistados desejam praticidade e ajuda no dia a dia dos consumidores. Além disso, 18% também esperam que as organizações usem sua voz para manter a população informada.
 
Portanto, com essa nova consciência do consumidor, não basta enxergar o início da flexibilização apenas com uma possibilidade melhor de vendas. Nada adianta apostar em campanhas mirabolantes se a marca não estiver alinhada com essa nova ordem. As marcas e serviços que conseguirem entender melhor esse novo consumidor, adaptar sua comunicação e estabelecer um relacionamento sincero e real para oferecer novas experiências, além de vantagens comerciais tradicionais, se darão melhor neste período de incertezas.


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