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Estado de Minas ARTE FINAL

Mulheres ganham menos na produção de conteúdo


postado em 05/04/2020 04:00

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

 
Que a desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda é bastante acentuada ninguém tem dúvida. Acreditava-se, no entanto, que as novas profissões, especialmente nas categorias historicamente associadas ao universo feminino, como moda e beleza, criadores de conteúdo, como influenciadores, trariam uma relação mais justa ao mercado, principalmente pelo grau de conhecimento e conscientização das novas gerações. Porém, não é o que mostra a pesquisa inédita realizada pela Squid, empresa especializada em marketing de influência, em parceria com o YOUPIX, consultoria de negócios para a influence economy. O estudo aponta uma vantagem salarial, em média, de 20,8%, para os homens. Batizada de "Machismo, sexismo & equidade no marketing de influência", a pesquisa teve participação de mais de 2.800 influenciadores de diversas categorias e regiões do país. 
 
"As mulheres são maioria no mercado de produção de conteúdo, e ao contrário do que se possa pensar, o tipo de conteúdo que produzem não é só sobre moda e maquiagem. Inclusive, elas mais se destacam é nas áreas de finanças e saúde. O que nos mostra o grande poder de influência dessas mulheres em questões que impactam diretamente nosso desenvolvimento econômico e social", diz Isabela Ventura, CEO da Squid. 

DISTORÇÃO As categorias que mostram maior discrepância nos valores pagos aos influenciadores homens e mulheres são de cultura nerd/geek e tecnologia. Os criadores de conteúdo do gênero masculino recebem, em média, o dobro do que as influenciadoras. No entanto, existem alguns pouquíssimos segmentos em que as mulheres se destacam, como saúde e medicina. Nesses casos, as creators recebem, em média, 123% mais que os homens.
 
"Quando decidimos fazer a pesquisa, cheguei a acreditar que por estarmos num cenário menos conservador o valor do conteúdo da mulher já seria mais reconhecido. Realmente, não acreditava que o comportamento e a discrepância financeira seriam tão próximos dos mercados convencionais. O que, pelo menos, agora nos dá mais clareza para agirmos com o objetivo de mitigar essa diferenciação que não é só salarial, mas cultural. E que diz respeito a valores distorcidos, mais profundos do que só a questão financeira. Já passou da hora de equalizarmos e respeitarmos o papel da mulher na sociedade. Seja no nosso universo micro de marketing de influência, seja no nosso contexto macro socioeconômico," completa a executiva.
 
Para Bia Granja, fundadora da YOUPIX, se olharmos o ranking de maiores canais no YouTube brasileiro, entre os top 10 temos apenas um feminino, de uma criança de 7 anos, a Valentina Pontes. "O que isso quer dizer? A pesquisa que realizamos busca colocar luz na questão de desigualdade de gênero no mundo da influência, tema que já está sendo debatido 


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