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Mergulho no passado

Profissionais participantes da Modernos Eternos garimpam mobiliário e objetos que embasem o espírito da mostra


postado em 30/06/2019 04:09

(foto: Marcos vieira/em/d. a press)
(foto: Marcos vieira/em/d. a press)



Móveis de época, objetos que contam histórias, coleções, uma pitada vintage: o maior charme da Modernos Eternos, que chega à sua quarta edição em Belo Horizonte, é colocar em evidência elementos que foram sendo relegados pela arquitetura de interiores contemporânea profundamente influenciada pelo design milanês e pela tecnologia de materiais.
O conceito mix&match, o jogo entre o passado e o presente, o estímulo ao garimpo têm conquistado a simpatia de um público curioso e culturalmente interessado na proposta. Um passeio pelos 26 ambientes assinados por decoradores e arquitetos mineiros revela o quanto essa equação pode ser instigante e reveladora. O Caderno Feminino selecionou algumas atrações interessantes que impulsionaram o desenvolvimento dos projetos.


Fernando Hermanny e Germana Gianetti, por exemplo, dois viajantes apaixonados, uniram essa paixão pela cultura de outros países ao apreço pela arte popular, pelo handmade, para criar um espaço com conotação tribal, em um mix de influências africana, turca, marroquina, brasileira. Sobressaem na Sala Verde que assinam uma “mesa de apresentação” pernambucana, estilo Dom João V, século 18, sobreposta por dois objetos preciosos: uma bolsa em couro e um vestido, ambos bordados em prata e pedraria pelos povos berberes do Norte da África.


O Gazebo de Cícera Gontijo exibe uma placa chinesa Apoteca, do início do século 19, originária de uma farmácia voltada para a face, além da balaustrada policromada do século 18, da coleção de Heloísa e Haroldo Graça Costa. Cristina Menezes, responsável pela Sala do Encontro, apostou em tocheiros barrocos gigantes, em uma roca de fiar do século 18, além de desenhar um enorme aparador em vidro no qual pode ser apreciada a porcelana “bago de arroz”. Na Sala Afetiva de Chris Coelho, o destaque é a coleção de compoteiras, licoreiras e mantegueiras antigas, homenagem prestada à sua avó, dona Lica.


Moda Celeno Ivanovo e Luiz Henrique Ribeiro prestaram uma homenagem ao Grupo Mineiro de Moda, no ambiente que batizaram como Seu Quarto. Moda e arquitetura de interiores conversam sutilmente por meio de uma linguagem táctil/têxtil presente na renda guipure da roupa de cama, nas plumas das cortinas, na pele de carneiro da Mongólia que reveste um puff e nas telas delicadas, alinhavadas, alfinetadas, do artista Rodrigo Mogiz, que flertam com o universo fashion. Aí está a penteadeira do arquiteto Jean Gillon, peça-chave da suíte criada pela dupla de arquitetos.


O design de Jean Gillon está presente ainda no Escritório do Investidor concebido por Ligia Jardim e Fernanda Sperb através de um exemplar da poltrona Jangada e das poltronas do polonês/brasileiro Zalszupin. A mesa principal tem desenho de Sérgio Rodrigues, outro importante arquiteto e design tupiniquim, que contribuiu substancialmente para o design de móveis no país. Uma versão da sua Poltrona Mole pode ser encontrada na Suíte de Carol Horta. Na entrada do ambiente, um pequeno oratório contemporâneo carrega imagem antiga de Santo Antônio.


Na Cozinha da Modernos Eternos a homenageada é Dona Lucinha. Entre os elementos destaques, há uma mesa do século 18 encimada por tocheiros e donzelas antigas e ladeada por par de cadeiras Thonet autênticas. Confira ainda o carrinho de chá, o biombo policromado do século 17, a banca de marceneiro, a adega de vinhos e o aparelho de rádio vintage. Na Sala de Cinema idealizada por Andréa Ker Bach, o clima viagem de navio está representado pelas espreguiçadeiras do século 19, que remetem ao filme Titanic, e aos vários baús de madeira que completam o espírito do ambiente. Acima deles, um abajur Gallé é destaque. E no Living da Cobertura, das sócias Juliana Boechat e Patrícia Nicácio, a sugestão é verificar o par de bancos sul-americanos e a bancada de marceneiro, que convivem com a linha de móveis e objetos da Vitra.


O armário alemão do século 18, peça-âncora do espaço da decoradora Laura Rabe, é surpreendente e contrasta com os tapetes paquistaneses e com um estandarte bem especial: trata-se de uma porta de tenda marroquina. Para quem ama antiguidades, o endereço certo é o da Sandra Penna, projetado a partir do wabi sabi, conceito japonês que focaliza a beleza do imperfeito. De peças chinesas raras ao genuflexório do século 18 Companhia das Índias, passando pela pequena imagem da série Doze Sábios Mestres, são várias as preciosidades. No quesito arte, o casal Maria Tereza Terence e João Carlos Moreira Filho descobriu uma tela minimal de Lorenzato, cujas obras estão cada vez mais valorizadas no mercado.


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