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Desencontros

Chame a polícia%u201D


postado em 19/05/2019 04:08

Uma amiga relatava a atitude que teve diante de uma fechada que levou no trânsito. Apesar de não ter a mínima condição física de sair no tapa com alguém, muito menos com um homem, não deixou passar a chance de descer do carro e tirar satisfação com o motorista. Tinha certeza de que um acidente de grandes proporções foi evitado pelo fato de ela ter tido a destreza de desviar seu carro. Mas não demorou muito para perceber que o que motivara o motorista a arrancar rapidamente seu veículo e sumir foi principalmente medo de apanhar de uma mulher completamente transtornada e enfurecida.
Ao retornar para o carro, minha amiga respirou fundo e pensou nas consequências que seu ato poderia ter provocado. Por mais que, no que se refere às leis de trânsito, a razão estivesse ao lado dela, apelar para a briga não ajudou em nada, só aumentou um pouco mais a taquicardia e o estresse que a acompanhou ao longo do dia.


Outra conhecida levou ainda mais tempo para se ver livre da demanda causada por uma situação semelhante, só que neste caso o retrovisor foi violentamente arrancado. Ela partiu atrás do motorista que agiu como se nada tivesse acontecido. Ao ser alcançado, depois de ouvir as acusações, ele disse: “se quiser, chame a polícia”.


Por sorte ou azar, há poucos metros dali ocorria uma blitz naquele momento. Ela não pensou duas vezes, parou, relatou o caso ao agente que abordou o motorista. Este, claro, negou tudo, mas um terceiro parou logo atrás para testemunhar a favor dela. Resultado, todos incluindo a testemunha foram parar na delegacia para fazer a ocorrência.


No final, depois de se passarem pouco mais de duas horas desde que tudo aquilo começara, ela ouviu do homem que se quisesse receber alguma coisa que entrasse na justiça. Dias depois, seu carro já estava com retrovisor novo, pago por ela, mas o incidente ainda permanecia atravessado na garganta. “Talvez eu devesse ter ido apenas até a queixa junto ao policial que fazia a blitz, pois o homem a todo momento deixou claro que não iria pagar o concerto de meu carro”, lamentava.


Muitas vezes, normalmente depois que levo um desaforo, fico pensando sobre que atitude devemos tomar diante de situações como estas. Por mais que as duas mulheres tivessem razão, será que realmente vale a pena investir tanta energia e emoção em brigas que sabemos terem resultados tão pouco profícuos? Será que vale a pena deixar com que nosso orgulho fale mais alto e nos leve às últimas consequências ou não seria melhor deixar com que a sabedoria, muitas vezes confundida com ingenuidade e tolice, tome a frente de nossas decisões?


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