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Decoração de A a Z

Escritório da decoradora Beth Nejn concilia projetos comerciais para bares e restaurantes famosos em BH com os voltados para a área residencial e corporativa


postado em 24/03/2019 05:07


Certamente, você já esteve em algum bar ou restaurante que leva a assinatura da decoradora Beth Nejn. Desde que iniciou seu trabalho voltado para o lado comercial, são vários os projetos que ela concebeu para a área, um segmento em que o mais importante, além do conforto visual, é oferecer espaços agradáveis onde o público sinta prazer em estar.

Beth não é neófita no mercado; ao contrário, são 35 anos de profissão desde que se formou na antiga Fuma, em 1985. Nessa época dourada, na qual se destacam nomes de prestígio do setor, a decoração começava a se firmar como atividade profissional por meio dos primeiros movimentos nesse sentido, como a fundação da Amide – Associação Mineira dos Decoradores , da qual ela foi vice-presidente e participou ativamente. Com a associação, criada e presidida por Maria Inez Coutinho, surgiram os primeiros salões de decoração da cidade, embrião do que viria a ser, posteriormente, outras mostras decorativas importantes. “Estive presente nesses eventos que ajudaram a divulgar a atividade dos decoradores e arquitetos de Belo Horizonte em primeira mão. A extinção da Amide foi uma pena, já que era uma instituição forte, sem fins lucrativos, que trouxe credibilidade para nossa profissão e proporcionu uma ligação entre profissionais e fornecedores, além de mostrar nosso trabalho para o público interessado”, relembra.

A primeira investida no ramo dos restaurantes aconteceu, segundo ela, de uma maneira muito prazerosa. “Fui consultada para fazer um projeto de uma pizzaria, com chef italiano, que seria uma novidade em Belo Horizonte. Tinha uma sociedade na época, ficamos muito empolgadas com a oportunidade e apresentamos esse projeto de imediato, sem mesmo assinar um contrato. Foi para a Pizzarela. Fizemos o primeiro pizzabar da cidade, que faz sucesso até hoje, e foi início de uma escalada para outros trabalhos comerciais nessa área.”

Com tal cartão de visitas em mão, vieram outros convites, não só na capital mineira, mas fora das montanhas, marcando o escritório de decoração Beth Nejn como especialista no assunto. O Marília Pizzaria; o 68 Pizzaria, em BH e em São Paulo; a Pizzaria Olegário; a Fábrica Espagueteria; o Decanter Belo Horizonte e Sampa; o Dona Derna, que hoje ainda está sendo revitalizado. A decoradora cita ainda o Minas Grill, no Rio de Janeiro, a Cafeteria Yes, nós temos Café, e a Cervejaria Baker, em Minas Gerais, entre outros projetos mais conhecidos

O último restaurante que ela projetou foi O Italiano, exemplo de minuciosa pesquisa em busca da diferenciação. A orientação que recebeu é que fosse um local que priorizasse as famílias, tirando partido de um área de 2 mil metros quadrados, no Bairro Olhos D’Água. E família significa casais com crianças de todas as idades. Para a meninada, criou um espaço kids, no qual podem brincar sob a supervisão dos pais, usufruindo do ar livre e possibilitando que todos aproveitem a experiência.

O ponto forte são as 25 luminárias gigantes, com 4,50 m de altura e pontos de luz LED no interior, que chamam a atenção dos frequentadores. Elas nasceram do design da decoradora e foram confeccionadas em chapa de aço recortada a laser. “Investi muito na ideia de que, a princípio, encarecia muito o orçamento, mas tinha certeza de que seria um chamarisco”. Depois de muita investigação, conseguiu um fornecedor, no interior de São Paulo, que realizasse o serviço. Outra atração são as mesas com pés formados por hélices industriais, fruto de garimpo em ferros-velhos.

Qual seria o pulo do gato nesse tipo de proposta? “Sempre trabalho com o elemento surpresa, tentando inovar a cada espaço. Aprecio materiais naturais e simples, como pedras, tijolos, cerâmicas, palhas, vimes, que dão aconchego aos ambientes tornando-os despretensiosos e descontraídos”, resume. Além disso, ela diz, tudo tem que ser pensado para garantir conforto: sofás, bancos e cadeiras projetados de acordo com a ergonomia, monocromia com pontuação de cores quentes – como o laranja, sinônimo de energia, ou o verde para garantir o bem estar visua l –, além do design atraente e diversificado.
 
CASAS
Mas, apesar da fama na área comercial, os projetos residenciais ainda ocupam o primeiro lugar no trabalho de Beth. Eles exigem muita atenção, já que são direcionados para o dia a dia das famílias. “Escutar o cliente, personalização, detalhamentos específicos, como o design de mobiliário, são alguns itens imprescindíveis. Procuro sempre contrabalançar preço e qualidade, evidenciando que a qualidade garantirá que a decoração tenha vida longa.”

Completando o leque, existe o trabalho para o setor corporativo. Um mix de clientes perfeito para o exercício da criatividade e que faz com ela exerça o ofício em várias cidades: além da capital e interior, estão no roteiro São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Porto Alegre, Paraná, Catar, no Oriente Médio. “Atualmente, fico mais por aqui, de onde gerencio todas as obras junto com a minha equipe, que é pequena, mas atuante. Mesmo porque gosto de colocar a mão na massa, acompanho tudo, tenho certa dificuldade em delegar. Quando a obra termina, faço questão de estar lá colocando adornos, cuidando dos últimos detalhes. Penso que é isso que me dá credibilidade”.

Em um mercado cada vez mais concorrido, é o trabalho constante e o profissionalismo que garantem aos, digamos pioneiros chances para continuar em evidência. “Foi difícil, no início, definir o espaço que me caberia, mas com dedicação e perseverança consegui me firmar como uma profissional conceituada e respeitada no mercado. Acredito que é a vida que ensina. Todos temos grandes oportunidades sempre, basta abrir os olhos e o coração. E se dedicar com entusiasmo à profissão escolhida. Amo o que faço, acho que esse é o segredo do sucesso”, pontua.

Não faltam os modelos inspiradores, mentores, que fazem com que a decoradora deseje ser cada vez melhor. “Considero que a arquitetura e a decoração brasileiras são muito criativas e de muito bom gosto. A brasilidade está em alta no mundo, adquiriu respeito por sua personalidade. Admiro muitos alguns profissionais brasileiros como Isay Weinfeld, Artur Casas, Márcio Kogan.”

Beth faz parte da corrente que acredita que, atualmente, todos têm chance de usufruir dos custos/benefícios da decoração que pode, sim, ser mais inclusiva. Na sua opinião, isso é aplicável desde que os projetos caibam em orçamento bem planejado, o que vai facilitar a vida do cliente e deixar a vida mais leve e organizada. “O que prezo é uma decoração sem modismos, em que o dinheiro é bem aplicado. Devemos sempre optar pelo bom, pelo belo, pelo atemporal, privilegiando a praticidade e a individualidade de cada um”, ensina.


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