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Estado de Minas

O dia mais feliz

A partir dele se abriu para mim um leque de oportunidades


postado em 25/11/2018 05:06

Ainda hoje, mesmo sujeito a diversas modalidades, o dia do casamento é considerado por muitos como o dia mais feliz da vida dos noivos. Por certo que é um sentimento experimentado antes da cerimônia ou da celebração que o oficializa, pois depois... bem, cair na real é melhor mesmo que fique para depois. Afinal, a ilusão faz parte da vida principalmente quando se está vivendo um momento de transição, de mudança, mesmo para aqueles que já moravam juntos.


Quando me casei, há quase 30 anos, vi amigas fazendo o mesmo apenas para se livrar das garras dos pais. A união de uma delas não durou nem seis meses. Antecipando a posse da herança, ganhara de presente um apartamento. Foi nele mesmo que por um longo tempo ficou sozinha, feliz da vida, sem que ninguém pudesse dizer quando deveria sair e muito menos voltar para casa. Na visão dela, creio, o dia do primeiro casamento realmente deve ter sido o mais feliz. Na visão do noivo, nunca soube, até porque pouco o conheci (e acho que minha amiga também).


Sou do tipo super a favor do casamento, ou melhor, das uniões, do dividir casa, comida e roupa lavada, contas e dias. Gosto de cama de casal desde a do tipo tradicional, pequena para os moldes atuais, mas bastante adequada ao tamanho dos quartos atuais, às enormes, nas quais pode-se dormir uma noite inteira sem sequer visualizar onde está o outro. Esse tipo tem a vantagem de também caber os filhos naqueles momentos de cinema, cobertor e chega pra lá pra encaixar o pote de pipoca.
Gosto também de quarto de casal, o que não anda muito em alta, mesmo quando meu marido hiperativo quer conversar quando estou morta de sono ou que eu me levante quando ainda não concluí meus sonhos. Afinal, isso é casamento.


Prefiro dizer que o dia mais feliz de minha vida foi o que eu nasci. A partir dele se abriu para mim um enorme leque de oportunidades de aproveitar e aprender a ver algum tipo de vantagem em cada um dos subsequentes, incluindo o do casamento. Digo vantagem porque felicidade ainda nos é difícil de conceituar, por mais que tentemos.


Casamento é difícil porque viver é difícil. Somos todos chatos, complicados, mesquinhos, egoístas, orgulhosos, donos da verdade. Mas também sabemos ceder, ser legais, leais e companheiros, cúmplices e solidários. Somos humanos e aos humanos não está reservada a felicidade utópica que ainda insistimos em localizar e em temporalizar no tal dia de colocar um vestido branco e um cravo na lapela.


Talvez porque, na ilusão da paixão, acredita-se estar se unindo a alguém perfeito, o que seria a pior coisa a acontecer com o cidadão. Nem sequer quero me imaginar ligada a alguém que nunca erra, nunca se confunde e jamais tem um ataque de nervos. Os defeitos não foram feitos para assolar apenas um lado. Quando se manifestam nos outros, temos a chance de aprender sobre quem realmente somos se sabemos observar as reações que desencadeiam em nós.


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