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Estado de Minas O segredo é a receita

Inovação e conhecimento de mercado: as chaves para o sucesso de um negócio


07/06/2015 00:12 - atualizado 09/06/2015 17:58

Carlos Augusto Silva
Sócio da PwC Brasil


(foto: Washington Alves/Light Press)
(foto: Washington Alves/Light Press)
O segmento de alimentação é um dos que mais crescem no país. Por isso, tantos novos empreendedores têm observado nesse mercado uma excelente oportunidade de investimento, seja para abrir uma nova franquia ou uma empresa por conta própria. Em geral, elas se enquadram como pequenas e médias empresas e são um importante vetor de crescimento econômico brasileiro nos últimos anos. No entanto, para ser realmente um empreendedor e obter sucesso, alguns cuidados são essenciais, principalmente quando essas novas empresas são familiares.

Além das tradicionais preocupações de qualquer empresa – como planejamento estratégico, finanças, impostos, eficiência operacional, compliance, concorrência, gestão de pessoas, tecnologia, infraestrutura e crescimento –, as empresas de controle familiar precisam também estar atentas a outras questões. Entre as preocupações dos novos empreendedores que desejam abrir uma empresa “em família” está a elaboração de estratégias de negócios que abarquem a dimensão familiar e as necessidades dos membros participantes, como sucessão, necessidades de dividendos e estruturação fiscal na sucessão dos aspectos societários. Segundo a pesquisa “Empresa familiar: O desafio da governança”, somente 11% dos entrevistados disseram ter um plano de sucessão bem-estruturado e documentado. Por isso, desenvolver uma estratégia sucessória é fundamental, principalmente em longo prazo.

Para o início de um novo negócio também é necessário avaliar profundamente o mercado, incluindo os possíveis concorrentes, a localização do negócio e, se for uma franquia, verificar as experiências de outros franqueados e os desafios que eles enfrentaram ao longo do trabalho. Outro detalhe a ser observado é que o empreendedor deve estar alinhado ao modelo de negócio proposto, conhecendo as peculiaridades do segmento em que pretende atuar.

A escolha do regime tributário a ser seguido é um dos pontos que geram dúvidas. No caso de ser empresário individual, há a opção de se enquadrar como microempreendedor individual (MEI) ou fazer parte do regime do Simples Nacional. O MEI é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Já o Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido destinado às microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP) com o intuito de unificar a apuração e o recolhimento de tributos. É preciso, então, pesquisar e entender qual regime a nova empresa deve adotar.

Inovar é a palavra-chave para um negócio ter o sucesso esperado. Oferecer um serviço diferenciado, com detalhes que surpreendam o cliente ou em um local que não é tão comum àquele tipo de lojas é um excelente começo para o novo empreendedor. A inovação pode trazer o melhor retorno para os investimentos e ampliar a participação do empresário no mercado.

No entanto, nem sempre decidir abrir uma empresa é sinal de que ela vai obter crescimento. Muitas delas são de propriedade familiar, operam em mercados desregulamentados e usam seu próprio capital para manter e expandir as suas atividades. Por isso, na maioria das vezes, elas enfrentam vários desafios para assegurar a continuidade de suas operações e promover uma expansão sustentável. Elas carecem, por exemplo, de estruturas adequadas de governança que lhes darão mais estabilidade legal e corporativa. Ter um panorama dos riscos e oportunidades do mercado, especialmente nas áreas legislativa, tributária e trabalhista, será fundamental para esse novo empresário.

 

 

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