No Brasil e no mundo, nunca se discutiu tanto sobre meio ambiente como entre os dias 13 e 22 deste mês. No Rio de Janeiro, estavam empresários, profissionais da área ambiental, representantes de ONGs, índios das mais diferentes tribos e chefes de Estado e de governo de todas as partes do mundo. A pauta era uma só: meio ambiente. Os empresários procurando mostrar que haviam incorporado a variável ambiental em suas atividades; os ambientalistas cobrando do poder público e também dos empresários ações mais enérgicas; os profissionais do setor apresentando e debatendo as novas tecnologias; e os chefes de Estado e de governo tentando fechar um acordo que não lhes criasse problemas em seus respectivos países e, ao mesmo tempo, não constituísse um retrocesso ambiental.
Tudo isso foi a Rio+20. O documento final do encontro foi muito criticado, principalmente pelas ONGs, porque seria pouco ambicioso. Já o governo brasileiro, anfitrião da conferência, afirma que o evento foi um sucesso. A realidade tem mostrado que em eventos do porte do que foi a Rio+20 não se deve esperar muito por propostas que sejam amplamente consensuais. Principalmente em se tratando do momento atual, marcado pela crise que afeta as economias europeias. E, antes de mais nada, é bom lembrar: desenvolvimento sustentável tem custo. E alguém tem que pagar essa conta.
ESPECIAL RIO+20 REFLEXÕES - EDITORIAL