Jornal Estado de Minas

Corpo de Oscar Niemeyer chega para velório em Brasília

O corpo do arquiteto Oscar Niemeyser chegou na Base Aérea de Brasília às 14h20, onde foi recepcionado pelos pioneiros da cidade e por integrantes do Clube do Choro. De lá, o corpo seguirá em cortejo em carro aberto do Corpo de Bombeiros até o Palácio do Planalto, onde acontecerá o velório, marcado para começar às 15h. As bandeiras da Praça dos Três Poderes estão a meio mastro.

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Antes de chegar ao palácio, haverá um cortejo de aproximadamente 40 minutos, acompanhado pela cavalaria dos Dragões da Independência, de acordo com informações da Presidência da República.O Planato informou que o corpo do arquiteto subirá pela rampa do palácio. A presidente Dilma Rousseff confirmou presença. O velório estará aberto ao público das 16h até às 20h.

Várias coroas de flores foram enviadas para o Palácio do Planalto, uma delas, da família do autor Graciliano Ramos.

Na saída, um dos netos do arquiteto, o fotógrafo Kadu Niemeyer, revelou nesta quinta-feira (6/12) que gostaria de ver construídos outros dois projetos idealizados pelo avô. "Sonho em ver um centro musical, inicialmente projetado para ser feito no Aterro do Flamengo", disse Kadu. "O outro projeto é uma mesquita, prevista para ser erguida na Argélia", completou. O enfermeiro Caio Almeida, que acompanhou Niemeyer por sete anos, cantou às pessoas presentes o samba "Tranquilo com a vida".

"Vai ficar para sempre. Oscar Niemeyer e Caio Almeida. Ninguém tira isso", diz o enfermeiro, que compôs o samba com o arquiteto.

Ainda ontem à noite, Dilma telefonou para a viúva, Vera Lúcia, com o intuito de oferecer o Palácio do Planalto para o funeral do arquiteto. “Foi um pedido da presidente Dilma, por tudo que Oscar Niemeyer representa para Brasília”, relatou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), após se encontrar com familiares. No fim da tarde, o corpo volta à capital fluminense, onde será enterrado na manhã de sexta, no Cemitério São João Batista. “Ele era um carioca da gema”, justificou o sobrinho Paulo Niemeyer, na porta do Hospital Samaritano, Zona Sul do Rio, onde o arquiteto morreu.

O velório de Oscar Niemeyer será o terceiro realizado na história Palácio do Planalto. O primeiro foi o do ex-presidente Tancredo Neves, em 1985.
Naquela ocasião, foi permitido ao público, pela primeira vez, subir a rampa do Planalto, autorizado somente a chefes de Estado. A segunda solenidade foi o funeral do ex-vice-presidente José Alencar, em março de 2011, quando passaram pelo Salão Nobre cerca de 10 mil pessoas para se despedir. Entre elas, autoridades como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Com informações de João Valadares e da Agência Brasil

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