Passando os olhos nas prateleiras do supermercado, a empregada doméstica Joseane Costa, de 24 anos, escolhe alimentos e produtos de limpeza para a patroa, que mora em Lourdes, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ela tem autonomia para selecionar as marcas que preferir. Algumas são postas no carrinho de compras desde sempre; outras foram testadas até que a jovem se satisfizesse. Os consumidores consideram algumas questões ao escolher a marca, por exemplo, o boca a boca, a publicidade, a inovação, o preço e a qualidade. “Com os produtos divulgados na televisão, a gente tem vontade de comprar logo para experimentar”, explica a moça.
Para conquistar o cliente, a empresa deve seguir algumas estratégias de mercado. Divulgar a marca em propagandas e cumprir o que foi prometido nelas são os primeiros passos para o sucesso. Nós “compramos” a marca, sua reputação e sua representatividade.
O preço das mercadorias influencia nas compras que Joseane faz para a própria casa. “Eu compro para ela (patroa) e, se está com preço em conta, eu compro para mim também. Quando o valor está alto, pego uma marca inferior”, comenta. Quanto mais famosa a marca, mais caro é o produto que ela oferece, acredita a médica Maria Rafaella Leite, de 29 anos, olhando as vitrines das lojas de um shopping na região Centro-Sul da capital.
O preço não influencia apenas nas compras mensais do supermercado, mas também na escolha dos eletrodomésticos e carros. De acordo com Albuquerque, as pessoas desejam comprar bons produtos para ter o prestígio da marca. “O consumidor de baixa renda quer consumir (produto) com preço acessível, mas reconhecendo a marca. Quer ver um tênis no pé do outro e dizer: ‘Esse tênis eu conheço’”, explica.
Já que não se importa com a etiqueta, a médica Rafaella compra em boutiques só quando há promoções. Antes de comprar, ela tenta pesquisar. “Uma marca que preza pela inovação e qualidade das mercadorias está sempre em alta”, conclui.
BOCA A BOCA
Sentado sozinho em uma cafeteria, o advogado Ricardo Alvarenga, de 59 anos, toma o café da manhã sem tirar os dedos da tela de um moderno smartphone. O celular, que dá acesso rápido à internet e aplicativos, foi escolhido depois de ouvir relatos positivos de amigos e parentes que já tinham adquirido o produto. A referência de Ricardo é o famoso “boca a boca”, informação que às vezes pode ser mais eficaz que a própria publicidade.
Com o mesmo “boca a boca”, o advogado escolheu a marca do carro. Os modelos se modificam, mas o fabricante continua o mesmo. “A aparência é muito importante, o cliente deve ficar atraído por ela. Mas o principal é que a marca deve representar confiabilidade do produto que ela fabrica e a qualidade”, conclui..