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Estado de Minas

"Eles lutaram com bravura", explica diretor

Nascido em Itaúna, formado em comunicação social e com 11 anos de experiência na área audiovisual, Guto Aeraphe é sócio da Cinemarketing Filmes. Para ele, seu filme mostrará caso raro nas guerras: inimigos reverenciando inimigos.


postado em 18/07/2011 15:58 / atualizado em 18/07/2011 16:16

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Como foram escolhidos os atores?
Foi um caso à parte. Alguns estavam no projeto desde o início, como o José Roberto e o Roney Morais. Para os outros, contei com a ajuda da Rosalice Barreto, produtora de elenco que fez triagem perfeita, encontrando até um alemão para um importante papel. Não escolhi nenhum deles. Eles é que, de alguma forma, escolheram o filme. Digo isso porque, quando os vi saindo do último dia de treinamento, cobertos de lama, esfolados e exaustos pela difícil maratona, estavam vibrando, felizes pelo que tinham vivenciado.

Por que optou por justamente esses três soldados?
Acredito que a história deles seja a de muitos outros. São pessoas simples que foram retiradas de suas vidas comuns e enviadas para uma terra estranha. Mesmo assim, lutaram com bravura e cumpriram o seu dever. Ninguém sabe o que realmente ocorreu naquele dia. Tudo que temos são relatos vagos, preenchidos com muito orgulho e patriotismo por cronistas da época. Mas o que torna esse trio especial é o fato de os três serem reverenciados pelo inimigo. Isso é algo muito honroso. Casos assim são raros.

Você fala em ir além da mera reconstituição histórica. Foi necessário equilibrar realidade e ficção?
Sim. Na realidade, a história dos três heróis mineiros serviu como fio condutor para o filme. Tentei fazer com que eles representassem a maioria dos soldados brasileiros. Com a liberdade que a licença poética cinematográfica permite, adicionei vários outros elementos de casos que ouvi de pracinhas. Isso permitiu que a história fosse além dos três e ganhasse contornos quase épicos. Algumas dessas histórias acabaram se tornando personagens, como o soldado Nego, representado pelo ator Marco Fugga. Ele nos mostra, entre outras coisas, o preconceito que o soldado brasileiro sofreu por parte do Exército norte-americano. E há também o Caseri, médico do grupo, que representa toda a insanidade que a guerra gera no ser humano. Há menções a outras figuras importantes na história militar do Brasil, como o sargento Max Wolf, nosso grande herói de guerra. Apesar de estar no mesmo batalhão que nossos heróis, não combateu ao lado deles. Mas o coloquei lá.

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