Os efeitos da crise sobre a economia global atingiram o bolso do consumidor. Em tempos de escassez de crédito e de incertezas do mercado, a tendência que a população adote a cautela antes de sair às compras. É o que mostra um levantamento feito pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio) com 150 lojistas em Belo Horizonte.
Mais de 70% dos comerciantes disseram que, de uma forma ou de outra, crise já provocou mudanças no comportamento de que quem pretender gastar como presentes de Natal. Não é à toa que 26% dos entrevistados informaram que vão promoções para incentivar o consumo. Na capital, por exemplo, shoppings populares estão sorteando carro 0 km e oferecendo brindes à clientela.
Há lojas, inclusive, que dão prazos de até 12 meses como condição de pagamento. Vale tudo para não perder venda.
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Mesmo com algumas facilidades, o consumidor deve ficar atento à taxa de juros, segundo a coordenadora do Departamento de Economia da Fecomércio, Silvânia Araújo. %u201CÉ importante pesquisar, comparar os preços e negociar descontos. Além disso, a população dever levar em consideração o custo benefício do produto que está sendo comprado%u201D, opina.
A turbulência econômica não esfriou o ânimo do setor varejista. Para de 62% dos comerciantes entrevistados, as vendas deste Natal serão maiores que as do ano passado. O levantamento da Fecomércio indica também que mais de 80% dos varejistas apostam na venda de presentes com preços entre R$ 10 e R$ 100. São as conhecidas %u201Clembrancinhas%u201D de Natal.
A economista recomenda que o consumidor use o 13º salário para quitar dívidas mais urgentes. Caso sobre alguma quantia, ela pode ser destinada às despesas de fim de ano. %u201CDevem prevalecer as compras de menor valor, principalmente com esse cenário econômico. Fazer pesquisa e negociar preço continuam sendo boas estratégias%u201D, destaca Silvânia.
Pesquisa na íntegra sobre a expectativa do comércio frente à crise está no site da Fecomércio